12 janeiro 2016

Novembro foi o melhor mês para o crédito à habitação desde chegada da troika


As novas operações de crédito aumentaram de forma significativa no ano passado. Novembro não foi excepção e foi, até, o melhor mês em mais de quatro anos. Depois de terem fechado a "torneira" do crédito à habitação na sequência da crise financeira, os bancos voltaram a abri-la no último ano. Diminuíram as exigências na concessão de financiamento e reduziram as margens exigidas. A procura por parte das famílias também aumentou. E as novas operações de empréstimos para a casa cresceram, tendo atingido em Novembro o valor mais elevado desde o pedido de ajuda externa.

Os bancos nacionais emprestaram 413 milhões de euros para a compra de casa, em Novembro, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal, esta terça-feira. Trata-se do montante mensal mais elevado desde que, em Maio de 2011, um mês depois do pedido de ajuda à troika, foram concedidos 536 milhões de euros. Neste mês, a taxa média das novas operações caiu para 2,10%, um mínimo desde que o Banco Central Europeu começou a divulgar estes dados, em Janeiro de 2013.

Este montante representa um aumento de 45 milhões de euros face a Outubro. No acumulado dos primeiros onze meses do ano, foram concedidos 3.544 milhões de euros, mais 74% do que no mesmo período do ano anterior. Este montante é mesmo o mais elevado desde 2011.

O crescimento das novas operações de crédito à habitação, em Novembro, compensou a queda nos montantes emprestados no crédito ao consumo e outros fins. Foram concedidos 282 milhões de euros no crédito ao consumo, menos do que os 291 milhões de euros emprestados um mês antes. Já, no crédito para outros fins, as novas operações ascenderam a 166 milhões de euros, menos sete milhões de euros do que em Outubro.

No total, os bancos emprestaram 861 milhões de euros às famílias, no penúltimo mês de 2015, o que compara com os 832 milhões de euros financiados um mês antes. Quando ainda falta conhecer os dados relativos a Dezembro, é possível concluir que as instituições financeiras emprestaram mais de 8,3 mil milhões de euros às famílias, entre Janeiro e Novembro. Quase 43% deste montante foi para a compra de casa.

Menos crédito para as empresas

No que toca ao financiamento às empresas, a evolução não foi a mesma. Em Novembro, as instituições financeiras concederam 2.633 milhões de euros, menos 10,8% do que um mês antes, revelam os dados do Banco de Portugal.

Diminuíram tanto as operações com valor até um milhão de euros, como as de valor superior. Contudo, foi nas grandes empresas que se verificou a maior diminuição. Para estas companhias, foram emprestados 1.075 milhões de euros, menos 21% do que os 1.365 milhões de euros concedidos em Outubro. Já as pequenas empresas captaram 1.558 milhões de euros, face aos 1.586 milhões de euros emprestados um mês antes.

No acumulado dos primeiros onze meses de 2015, as instituições financeiras concederam 30.118 milhões de euros às empresas. Um montante que representa uma queda de 20% face ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: Negócios

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