30 março 2016

Financiamento continua a cair, mas só na habitação


O saldo de crédito ao consumo estagnou, mas o para outros fins disparou. A poupança em depósitos atingiu um novo recorde. Apesar do crescimento do novo crédito às famílias, o saldo de financiamento continua a encolher. O valor total emprestado pelo sector financeiro aos portugueses caiu no mês passado para um novo mínimo, mas essencialmente em resultado da continuação da quebra do financiamento para a habitação.


O total do crédito às famílias encolheu 0,16% em Fevereiro face a Janeiro, recuando para 119.639 milhões de euros, de acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE). É um mínimo de Abril de 2007. A quebra de 188 milhões é explicada pela redução do saldo dos créditos destinados à compra de habitação. O saldo caiu 0,24% para 98.078 milhões de euros, contrariando os restantes destinos.

No caso dos créditos ao consumo, depois da quebra acentuada entre Dezembro e Janeiro, em Fevereiro o valor ficou inalterado nos 12.166 milhões, mas no caso dos empréstimos para outros fins, ou seja, créditos que não têm uma finalidade específica, registou-se um aumento de 0,47%, ou 44 milhões, para 9.395 milhões. Foi o aumento mais expressivo desde 2011.

Mais poupanças

Ao mesmo tempo que se mantém a quebra no crédito, mantém-se o aumento da poupança através de depósitos. O saldo de depósitos atingiu um novo recorde de 141.015 milhões de euros, em Fevereiro, um aumento de 0,26% face a Janeiro. Este aumento é explicado pelos depósitos à ordem que atingiram um novo recorde de 37.788 milhões de euros. Os depósitos até dois anos também aumentaram: mais 0,37% para 60.457 milhões.

Fonte: Negócios

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