19 março 2016

Investidores mostram interesse por ativos que não consideravam


O barómetro explica que os produtos imobiliários que reúnem maior interesse juntos dos investidores continuam a ser os escritórios localizados na cidade de Lisboa, em especial no Prime CBD (29%) e no Parque das Nações. Depois de um ano recorde para o investimento imobiliário em Portugal (em torno dos 2.000 milhões de euros transacionados) e com o país a manter-se firme no radar dos players estrangeiros, os investidores, em imobiliário no nosso pais estão a adaptar as suas estratégias de investimento à atual conjuntura de elevada competitividade.



Esta é uma das principais conclusões da 2 edição do Barómetro IPD/JLL que ausculta o sentimento e perspetivas de evolução do mercado dos principais investidores imobiliários com presença em Portugal. De acordo com o documento, o mercado de investimento imobiliário é atualmente marcado por uma crescente procura de ativos prime. que os investidores consideram ter agravado ainda mais a escassez de produto, conduzindo a um crescente desequilíbrio entre a oferta e a procura, à subida de preços dos ativos e à compressão das yields de referência. 

Esta conjuntura associada às boas perspetivas de evolução dos mercados ocupacionais têm motivado um ajustamento das estratégias por parte dos investidores presentes em Portugal, os quais estão hoje mais dispostos a apostar em produtos com maior perfil de risco associado e mostram-se interessados em ativos que, por norma, eram descartados. 

Falamos de produtos secundários de escritórios, retalho ou industrial, localizados fora das zonas prime, que anteriormente não eram analisados pelos investidores. Mas também de outras classes alternativas de ativos em termos de uso e de ativos que, estando em zonas mais centrais, têm condições de rentabilidade menos atrativas", explica Pedro Lancastre, diretor-geral da JLL. "Contudo, esse risco adicional que os investidores estão hoje dispostos a assumir, deverá ser sempre compensado por uma rentabilidade superior". Luís Francisco, Senior Associate da MSCI, comenta que "este alargamento do espectro de produtos de investimento mostra que os investidores assumem que o mercado nacional continua a oferecer boas oportunidades e que os indicadores de atividade e ocupação devem registar boa performance este ano. E neste cenário não é expectável que o interesse dos investidores estrangeiros abrande, pelo que a competitividade no biding deverá ficar ainda mais acentuada". Em termos do tipo de investimento, adquirir ativos com renda garantida continua à liderar as preferências (36%) dos investidores, mas estes mostram agora também apetência pela aquisição de ativos para restruturar (26%).

Fonte: OJE

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