24 junho 2016

Preços da habitação sobem 6,9% no 1º trimestre


A habitação continua a mostrar sinais de retoma em Portugal, com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do INE a subir 6,9% no 1º trimestre deste ano, face a igual período do ano passado. Esta foi a taxa mais elevada verificada desde o último trimestre de 2013, quando os preços dos alojamentos familiares começaram a subir sucessivamente.


Foi o 10º trimestre consecutivo em que o IPHab apresentou taxas de variação homóloga positivas. E os alojamentos existentes registaram a taxa mais alta da série disponível, de 7,9%, por oposição à variação de 4,7% dos preços dos fogos novos. 


Este maior dinamismo na compra de habitação em Portugal está a ser essencialmente impulsionado pela maior abertura dos bancos ao crédito, pelo aumento da procura internacional e também pelos depósitos bancários pouco atrativos, que fazem do imobiliário uma alternativa de poupança mais rentável. 

O aumento do 1º trimestre foi também relativo ao trimestre anterior, de 1,8%. Os fogos usados foram, novamente, os que registaram o maior aumento de preço, de 2,5% face ao aumento de 0,1% no caso dos fogos novos. 

Este aumento de preços coincide também com um número elevado de transações, o mais elevado desde 2010, num total de 29.464 operações, 23.956 das quais disseram respeito a fogos usados (81,3% do total), até porque a construção nova tem sido muito reduzida nos últimos anos, em detrimento de uma onda de reabilitação urbana, especialmente em Lisboa e Porto. Neste período, deverão ter sido transacionados cerca de 3.400 milhões de euros em alojamentos familiares. 

O crescimento do número de transações é de 14,6% face ao trimestre homólogo, e há que notar que as vendas de fogos usados aumentaram 18,8%, ao passo que as vendas de fogos novos subiram apenas 0,8%. 

Norte e Lisboa dominam 

Sem grande surpresa, a Área Metropolitana de Lisboa e a Região Norte foram as regiões que representaram as maiores percentagens de vendas ocorridas durante este trimestre, com pesos de 35,5% e 29,6% no número de transações, respetivamente. A par dos Açores, estas regiões aumentaram a sua quota percentual do número de vendas em relação ao ano passado. E, pela primeira vez desde 2010, o número de transações observado para a Área Metropolitana de Lisboa superou as 10.000. 

O INE destaca ainda que 69,5% do total transacionado no país (65,1% em termos de número de operações) ocorreu na Área Metropolitana de Lisboa e na Região Norte (46,2% e 23,3%, respetivamente). De notar que o valor e número de vendas desceu no caso do Centro e do Algarve, duas das regiões mais representativas do mercado nacional. 

Fonte: VI

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