30 junho 2016

Turismo mexe com imobiliário dos centros históricos


Cidades como Porto e Barcelona são atrativas para investir em apartamentos. O fluxo de turismo está a ter impacto no mercado imobiliário. Para Kilian González Fontboté, o novo diretor de vendas e expansão ibérica da rede imobiliária Engel&Voelkers (E&V), a recuperação de imóveis para, acolher visitantes é uma realidade nos centros históricos de Portugal e Espanha e os dois países são ainda "lugares seguros" para o investimento e atraem cada vez mais compradores estrangeiros.


"Há um forte impacto do turismo em cidades como Madrid, Barcelona, Porto, Sevilha, Valência e Lisboa, com a transformação de muitos imóveis para apartamentos turísticos, o que está a mudar o centro e o casco histórico para este fim", afirmou Kilian González Fontboté, num encontro realizado em Lisboa com parceiros de rede e jornalistas. Esta situação é bastante evidente no Porto onde, segundo Margaríta Oltra, responsável pela expansão da E&V no norte do país, "prédio sim, prédio não", no centro e baixa da Invicta, estão a ser reabilitados para turismo e comércio. Este ano começaram a surgir compradores americanos a apostar neste mercado. 

Além das cidades já referidas, também a costa portuguesa e espanhola são, na análise de Kilian González Fontboté, bons locais para aplicar capital. "Cresce a procura nestas zonas, a oferta é escassa, mas ainda tem preços muito acessíveis", frisou. Isto apesar de em média, segundo dados da E&V, os valores do imobiliário terem subido 5% nas zonas costeiras e 3% nas cidades, entre o ano passado e este. Com a crise houve um ajuste nos preços, mas "comparados com a restante Europa são muito económicos", salientou o diretor ibérico. 

Procura estrangeira

Para Kilian González Fontboté "com a situação política de insegurança no norte de África e Médio Oriente, Portugal e Espanha são lugares seguros para turismo e investimento". Um fator que não tem passado despercebido aos estrangeiros que procuram cada vez mais os dois países. Em Portugal e para a rede a maior parte dos clientes não nacionais são franceses, brasileiros, norte-europeus, suíços, belgas e surge como novidade os australianos. Já em Espanha lideram os alemães, ingleses, franceses, canadianos e australianos. "Surgem também venezuelanos que buscam um país diferente dos EUA".

Depois de em 2015 a E&V ter registado um volume de transações em Portugal de €150 milhões e em Espanha de €850 milhões, o objetivo do diretor de expansão é atingir respetivamente os €600 milhões e €1.600 milhões em 2020. Até 2017 quer passar das 54 para as 92 agências na Península Ibérica.

Fonte: Expresso

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