04 julho 2016

A nova sede da EDP fica pronta em 2021


Empresa vai construir novo edifício de escritórios ao pé da atual sede, na 24 de Julho, para colocar restantes trabalhadores. Obras começam em 2017. A nova sede da EDP, situada na Av. 24 de Julho, em Lisboa, ficou pronta há cerca de um ano, mas a empresa já está a preparar a construção de mais um edifício igualmente emblemático, mesmo por trás do atual, na Rua Dom Luís I, e que estará pronto o mais tardar em 2021.


“Será o prolongamento da atual sede para as pessoas que ainda estão nos edifícios da José Malhoa e do Marquês de Pombal”, ou seja, “para mais ou menos o mesmo que a nova sede, cerca de 800 pessoas”, disse o CEO da empresa, António Mexia.

De acordo com o gestor, o novo espaço ocupará os terrenos onde hoje está um outro prédio da EDP que terá de ser demolido para dar lugar ao novo projeto e também será desenhado por um arquiteto de renome – tal como aconteceu no edifício da 24 de Julho, projetado por Manuel Aires Mateus – mas que ainda não está escolhido. 

Por isso mesmo, está ainda por definir o tipo de equipamentos e o tipo de edifício que será, mas segundo Mexia, “estas decisões têm de ser avançadas este ano para que a obra comece dentro de um ano ou ano meio e possa estar pronta em 2020 ou 2021”.

Uma coisa é certa, “será com certeza mais barato que a atual sede”, garantiu Mexia, lembrando que o novo e emblemático edifício custou 57 milhões de euros. 

Ainda assim, o gestor nota que, apesar do investimento feito e do novo que vai fazer que existe um racional económico. 

“O princípio é o mesmo de quando foi feita esta sede [e decidiram sair do Marquês de Pombal e vender o edifício por 55 milhões de euros]. A venda dos vários escritórios que temos em Lisboa permite a centralização e relocalização das nossas pessoas sem custos adicionais, ou seja, as receitas da venda dos edifícios e a redução dos custos operativos tornam estas decisões racionais do ponto de vista económico”, explicou.

Um novo polo de centralidade 

Inicialmente, este projeto estava previsto ser construído em Cabo Ruivo, na Marechal Gomes da Costa, também em Lisboa, onde a EDP tem o centro de despacho, mas para Mexia faz mais sentido todos os trabalhadores da empresa ficarem juntos e concentrados na zona da 24 de julho que está, à custa da construção da sede da elétrica, a transformar-se num “novo polo de centralidade” da cidade. 

“Sentimos a responsabilidade da nova sede. Ela é um símbolo de Lisboa e constitui uma âncora para aquilo que foi a renovação desta zona extraordinária que é o Aterro da Boavista. Dinamizou a zona totalmente e agora são muitas as empresas a querer vir para aqui. É um novo polo de centralidade. E o outro edifício que vamos fazer será mais um passo consistentes dentro dessa renovação da zona e da cidade”, disse.

Além disso, explicou ainda Mexia, justifica-se que a EDP faça a extensão da nova sede na 24 de Julho, até porque foi a empresa a financiar o Plano Diretor Municipal (PDM) da zona, ou seja, o plano da câmara que define tudo o que se pode fazer e construir ali. 

“A EDP financiou a totalidade do plano que a câmara quis para a zona do aterro da Boavista e portanto estão definidos os usos, os tipos de edifícios, as alturas… tudo isso foi desenhado pelo arquiteto Carrilho da Graça e já se inseriam nesse plano os dois edifícios da nova sede e os futuros edifícios, quer atrás quer ao lado, quer nossos quer não”, contou. 

Nesse sentido, “Cabo Ruivo ainda terá alguns trabalhadores, mas essencialmente será para tudo o que tenha a ver com despachos técnicos e piquetes. Será para uma componente operacional mais industrial”, rematou.

Fonte: Dinheiro Vivo / Foto: DR

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