05 julho 2016

Lisboa tem falta de escritórios de qualidade


A Colliers International analisou o desempenho do mercado de escritórios, na primeira metade de 2016 e concluiu que faltam escritórios de qualidade em Lisboa. Em relação ao desempenho do mercado este tem prolongado a tendência de 2015, com um nível de absorção relativamente elevado e as rendas prime, relativamente, estáveis. Dos dados recolhidos e analisados a Colliers antecipa que o mercado de investimento deverá manter-se em níveis elevados, na linha do ano 2015, em que o investimento em escritórios rondou os 500 milhões de euros.


Joaquim Chambel, MD da Colliers em Portugal, aponta para valores próximos do volume de investimento recorde do ano passado, em que “o volume de investimento em escritórios, em Lisboa, suplantou o investimento conjunto, no mesmo segmento, em Barcelona e Madrid”.

Gustavo Castro, Research da Colliers International, acredita que “as previsíveis oportunidades de crescimento do mercado aumentarão a sua atratividade, conduzindo a novos projectos e conceitos inovadores, que poderão captar o pré-arrendamento e contrariar o pricing-out de escritórios das zonas do CBD”. Contudo, as perspetivas de evolução futura mantêm-se otimistas, contudo os estrangulamentos do lado da oferta poderão condicionar esta evolução positiva no imediato.

Quanto ao mercado do Porto, segundo a Colliers, tem também, experimentado uma evolução positiva, sofrendo constrangimentos similares do lado da oferta. “O mercado do Porto tem atraído o interesse de algumas multinacionais, sobretudo para áreas outrora não procuradas, acima dos 500 m²”, constata Vasco Carvalho, do Departamento de Offices da Colliers International. “O stock de escritórios previsto para o Porto mantém-se num nível baixo e incapaz de satisfazer a procura atual”. No entanto, “as previsíveis oportunidades de crescimento do mercado deverão canalizar algum do investimento também para este setor (não só para a habitação e o turismo), agora mais atrativo, conduzindo a novos projetos e conceitos inovadores”, pode ler-se no relatório.

Em resumo, a Colliers International acredita que o bom momento do mercado de escritórios se prolongará em 2016, antecipando que o maior constrangimento do mercado (oferta insuficiente), em Lisboa, poderá condicionar essa evolução positiva, mas, simultaneamente, poderá abrir oportunidades noutras cidades, que já têm vindo a funcionar como alternativas a Lisboa.

Negócios

  • Em 2015, a ocupação de espaços foi equilibrada por Lisboa. 
  • 35% das transações de 2015 deveram-se a necessidades de expansão de ocupadores já instalados, com, cerca, de 10% do total absorvidos por novas empresas em Lisboa. 
  • Em 2015, a área média ocupada esteve acima dos 500 m², crescendo, em 2016, para acima dos 750 m². 
  • Os 10 maiores ocupadores concentraram, aproximadamente, 30% do mercado, com dois arrendatários a concretizarem 9 negócios (correspondentes a 7,5% do mercado).


Fonte: Colliers

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