16 novembro 2016

3.300 transações de imóveis foram realizadas por franceses


Segundo o jornal francês 'Les Echos', Portugal considerado a Florida da Europa, é um dos países mais procurados pelos investidores franceses sobretudo pelo paraíso fiscal. Portugal e a ilha Maurícia são os destinos analisados pelo jornal francês e onde a jornalista Hélène Dupuy, menciona as vantagens de um e de outro, referindo que ambos são preferidos pelos franceses, sobretudo reformados. Mas o nosso país é mesmo o favorito.

Devido ao regime de residentes não habituais, os investidores franceses estão isentos de imposto por dez anos, desde que passem pelo menos 183 dias por ano no nosso país e não tenham residência fiscal nos últimos cinco anos. Uma medida muito atraente introduzida em Janeiro de 2013, que se destina tanto para reformados abastados como os mais modestos porque vêem o seu poder de compra multiplicado por cerca de 35% em relação a França.

De acordo com o 'Les Echos', os franceses tornaram-se assim os primeiros investidores imobiliários estrangeiros em Portugal em 2016 (3.300 operações de transação), à frente dos britânicos e dos chineses. No primeiro trimestre do ano, 1 em 4 de compradores estrangeiros, foi francês, segundo os dados da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária. Deste número, 80% corresponde a investidores já reformados e os restantes 20% são profissionais (engenheiros, arquitetos, engenheiros, artistas, profissionais de saúde, etc.),

"A maioria dos investimentos não são apenas do francês de classe alta mas sim de reformados da classe média que já há muito tempo têm o projecto de se aposentar no Sul da França ou no estrangeiro e os benefícios fiscais portugueses atrai-os", revela Cecilia Gonçalves, diretora da rede imobiliária franco-portuguesa Maison au Portugal.

No artigo é ainda referido as alterações recentes na lei sobre o património e que poderia travar este investimento francês, contudo o advogado Xavier Rohmer, da sociedade de advocacia August Debouzy, considera que em 2017 ainda pode haver muitas modificações, prevê mesmo novas medidas fiscais.

A República da ilha Maurícia, tem sido um dos destinos de eleição dos franceses mas desde a introdução do regime de residentes não habituais em Portugal, tem vindo a perder investidores para o nosso país. "A menos distância para os aposentados, a cultura europeia, a presença na área do euro e uma imagem menos elitista de Portugal - o investimento médio em um ou outro país é no entanto mais ou menos equivalente (entre 500.000 e 600.000 euros) - conquista-os ", revela Guillaume Leveque, membro notário do Grupo Monassier.

Fonte: Diário Imobiliário

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