16 novembro 2016

Açores foi a região em Portugal onde mais cresceu a venda de casas


No 2º trimestre, o número de casas vendidas na região aumentou cerca de 50% face ao mesmo período de 2015, traduzindo um crescimento de aproximadamente 73% em volume de vendas. No 2º trimestre de 2016, foram vendidas 454 unidades residenciais no Arquipélago dos Açores, ascendendo a €37 milhões transacionados, revelam os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).


E ainda que, em termos absolutos, estes negócios tenham um peso residual (de cerca de 1,4% em número e 1% em valor) no total do mercado nacional (incluindo Portugal Continental e Ilhas), refletem uma elevada dinâmica, traduzindo mesmo a melhor performance homóloga de todo o país em ambos os indicadores. 


A Região Autónoma dos Açores foi aquela que apresentou, no 2º trimestre deste ano, a recuperação mais expressiva quer em termos de unidades vendidas quer em volume transacionado, com crescimentos, face ao trimestre homólogo, de respetivamente 49,8% (303 casas vendidas no 2º trimestre de 2015) e de 72,9% (€21,4 milhões no 2º trimestre de 2015). Estes aumentos ficam bastante acima da média nacional, cujos níveis de crescimento homólogo da atividade do mercado residencial no 2º trimestre rondaram os 29% em número de alojamentos vendidos e também em valor das vendas, respetivamente para patamares de 31.768 casas e €3,7 mil milhões. A performance da região ficou também acima dos mercados de Área Metropolitana de Lisboa e do Alentejo, que se destacaram igualmente pelo seu dinamismo acima da média nacional. No caso da Área Metropolitana de Lisboa, as vendas cresceram 38,4% em unidades (para 11.311) e 31,5% em valor (para €1,74 mil milhões). Já no Alentejo, foram vendidas 1.831 casas (+34,4%) no 2º trimestre no valor de €142 milhões (+47,9%). 

Casas usadas são as mais transacionadas 

A dinâmica registada pelo mercado Açoriano no trimestre foi impulsionada pela venda de casas usadas, que continuam a representar a maioria das unidades transacionadas (353 casas, equivalentes a cerca de 78%) e também a registar o maior volume de transações (€27,6 milhões, com um peso de cerca de 75%). A transação deste tipo de alojamentos reflete bem a atividade do mercado, observando crescimentos homólogos das vendas na ordem dos 52% em número e 76% em valor. Mas também os alojamentos novos recuperaram de forma acentuada, ainda que se mantenham como menos expressivos no total da atividade do mercado regional (peso de 25% em valor e 22% em número de imóveis). Durante o 2º trimestre deste ano, foram vendidas 101 casas novas na região dos Açores no valor total de €9,4 milhões, evidenciando crescimentos de 42% no primeiro indicador e de 68% no segundo. 

2º trimestre é o mais forte dos últimos cinco anos 

As vendas registadas no 2º trimestre deste ano são mesmo as mais elevadas dos últimos cinco anos na região, considerando o mesmo período de referência. Só no 2º trimestre de 2010, o valor transacionado em habitação nos Açores (€53,7 milhões) superou o volume de vendas agora alcançado. O percurso de contração do mercado já era visível em 2011 e a sua trajetória foi invertida a partir de 2013. De facto, se considerarmos o desempenho do mercado residencial em cada 2º trimestre dos anos transatos (recuando até 2010), o volume de vendas residenciais nesta região caiu cerca de 47% quer em 2011 quer em 2012, voltando a recuperar (+25,5%) em 2013. No 2º trimestre de 2014, as vendas mantiveram-se niveladas (em valor) com o período homólogo do ano anterior e em 2015 a comparação entre semelhantes períodos indicava um crescimento de 14%, evidenciando assim uma aceleração do ritmo de recuperação do mercado, que se acentuou fortemente este ano, com os níveis de crescimento já mencionados (i.e. 73% em volume de vendas). 

As contas semestrais também são animadoras, com um total de 855 casas vendidas nos primeiros seis meses do ano, no valor de €70,6 milhões. Face ao mesmo semestre de 2015, observa-se uma subida de 44% em volume de vendas e 39% em número de casas vendidas, enquanto que face ao semestre anterior, a recuperação é de 11% em valor e 3% em número de alojamentos. Quanto aos resultados para o restante do ano, as perspetivas podem ser também positivas tendo em conta que só nos primeiros seis meses de 2016 a atividade já equivale a 63% do volume de transações registado para o total de 2015 (112,3 milhões de euros). 

Fonte: Público Imobiliário

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