25 janeiro 2017

Building Energy Symposium debate paradigma energético do imobiliário


Financiamento entre os temas centrais da conferência, que refletirá ainda sobre a inovação, a mobilidade e os edifícios carbono zero. A segunda edição do Building Energy Symposium vai estar centrada no novo paradigma energético defendido pela União Europeia, refletindo sobre a influência profunda que tem no setor imobiliário, quer em termos de parque edificado, quer para a nova construção.


O evento tem lugar hoje, no Hotel D. Pedro, em Lisboa, reunindo especialistas, associações e profissionais nacionais e internacionais para a partilha de conhecimento e boas práticas na área de eficiência energética aplicada aos edifícios.

Este decorre numa altura em que as questões ambientais e de sustentabilidade são incontornáveis em várias áreas, e o imobiliário não é exceção. O evento contará com a presença de uma short list de convidados nacionais e internacionais especializados nos temas da energia, nos serviços e das pessoas, principalmente, no papel que cada um ocupa hoje e ocupará amanhã na dinâmica dos edifícios e das cidades.

Carbono zero

O financiamento, que é um dos motores cruciais para a generalização da implementação de medidas de eficiência energética nos edifícios e imóveis, é um dos temas centrais da conferência, que refletirá ainda sobre a inovação, a mobilidade e o tema mais concreto dos edifícios carbono zero.

Recorde-se que a Comissão Europeia determinou, no âmbito da sua política energética, que todos os edifícios novos tenham – a partir de 2020 para os edifícios privados e 2019 para os públicos – “necessidades quase nulas de energia”, apresentando um desempenho que lhes permita ter um balanço energético (entre o consumo e produção) perto de zero.

A eficiência energética nos edifícios é já uma realidade, tendo conhecido nos últimos anos um grande avanço, estando mais do que nunca interligada com a mobilidade. Novas tecnologias e até serviços permitem criar edifícios auto sustentáveis em energia, onde o automóvel desempenhará um papel de destaque.

O mundo está cada vez mais centrado na sustentabilidade ambiental e energética, existindo hoje politicas e importantes recursos financeiros disponíveis que representam uma oportunidade para as atividades no imobiliário, na mobilidade e gestão urbana como um todo.

A agenda internacional está muito focada na sustentabilidade ambiental e energética. Existem hoje importantes recursos financeiros para apoio das políticas e soluções de Energia & Ambiente. É cada vez mais uma área oportuna de investimento. 

“A iniciativa surge numa altura em que as questões ambientais e a sustentabilidade energética entraram definitivamente na ordem do dia, com a imposição pela União Europeia de que todos os edifícios sejam “zero energy” até 2020. O desafio é grande, mas também conduziu ao lançamento de novas políticas e à disponibilização de recursos financeiros que representam uma oportunidade para o imobiliário e a gestão urbana como um todo, bem como para o investimento”, comenta a organização.

Debate alargado

“A caminho dos edifícios Carbono Zero” é um dos painéis que vai animar este evento, durante a manhã, contando com intervenientes como Manuel Pinheiro, professor no IST e responsável do sistema LiderA, João Marcelino, da Associação Passivhaus Portugal, Jorge Leal, da EDP Comercial, Miguel Franco, da Schmitt+Sohn Elevadores, a Saint Gobain, ou André Caiado, sócio da Contacto Atlântico Arquitectura. “Financiamento & eficiência energética – Uma agenda para a década”, “Inovação e novos paradigmas nos edifícios”, “Mobilidade elétrica, uma oportunidade para os transportes e armazenamento de energia?” dão mote às restantes conferências deste dia centrado na energia no imobiliário. O Building Energy Symposium é coorganizado pela Vida Imobiliária e pela Promevi, contando com o patrocínio master da Saint-Gobain e os patrocínios platina da Schmitt+Sohn Elevadores, da Caixa Geral de Depósitos e da EY. O evento reúne também o apoio das principais associações ligadas ao imobiliário e à área da energia.

Parque imobiliário com potencial de evolução

Este debate pretende ainda lançar um olhar sobre a eficiência energética das habitações portuguesas, que resulta numa clara oportunidade de melhoria. Dados da ADENE – Agência para a Energia referem que cerca de 60% dos edifícios com certificado energético estão classificados como C ou D e mais de 85% dos edifícios habitacionais construídos antes de 1991 estão na classe energética C ou inferior.

Também os números da Direção-Geral de Energia e Geologia e do Eurostat referem que Portugal tem uma fatura energética anual na ordem dos seis mil milhões de euros, sendo o nono país da União Europeia a 28 com maior dependência externa de energia.

Por outro lado, mais de um milhão de edifícios habitacionais necessitam de reparação ou estão muito degradados, sendo os edifícios mais antigos os que apresentam maiores necessidades de reabilitação. Nestes, prevalecem os edifícios que necessitam de pequenas reparações (cerca de 625 mil) ou reparações médias (244 mil). 

Fonte: Público Imobiliário

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