11 janeiro 2017

Residências assistidas no “pulmão” de Lisboa



Para a antiga fábrica da Nestlé, no limiar do Parque Florestal de Monsanto, está a ser desenvolvido um projeto de reabilitação pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que cria uma Estrutura Residencial Assistida, destinada a seniores e pessoas com mobilidade reduzida, originada por doença ou acidente.

Doado pela Nestlé à Santa Casa para um projeto de inovação social, este edifício, com uma área de construção de 3.800 m2, será transformado numa resposta social e de saúde, que estimula a inclusão e a integração das pessoas, com possibilidade de recurso a respostas terapêuticas adequadas. 


Um dos objetivos é criar uma solução inovadora de acolhimento e assistência especial a pessoas que necessitam de apoio e preparação para o regresso à vida quotidiana. Estas residências surgem, assim, como uma forma de os seus utentes beneficiarem de um período de transição entre os tratamentos de reabilitação em unidades hospitalares e o regresso às suas casas. 

A localização do espaço poderá também contribuir para reforçar ligações humanas uma vez que, diariamente, pessoas de todas as idades, praticam desporto ao ar livre e convivem naquele que é conhecido como o pulmão da capital. 

Esta unidade terá capacidade para 48 utentes, distribuídos por 12 quartos individuais, 10 quartos duplos e 8 apartamentos, que serão utilizados por diferentes grupos etários, dando resposta às diversas necessidades de assistência terapêutica. 

O projeto contempla, ainda, um centro de bem-estar com piscina adaptada e respetivas áreas de apoio. No exterior, estão previstos espaços de lazer e encontro, designadamente um auditório projetado para pessoas com mobilidade reduzida. 

O edifício será dotado de infraestruturas tecnologicamente avançadas, que permitirão ultrapassar barreiras e obstáculos, através da utilização de sistemas de interface gráfico e comandos de voz. 

O projeto, tal como todos os emblemáticos da Santa Casa do século XXI, tem uma forte componente de sustentabilidade ambiental e de intergeracionalidade, apostando, por um lado, na produção e no consumo de energia através do recurso a fontes renováveis e criando, por outro, condições para que beneficiários de todas as idades convivam no mesmo espaço, combatendo a exclusão social e promovendo o envelhecimento ativo. 

Paralelamente à fase de elaboração dos projetos e à obtenção do licenciamento, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem vindo a dar uma nova vida a este edifício. Entre as várias atividades previstas, já foi realizada uma pintura mural no exterior do edifício por uma artista de arte urbana.

Fonte: Público

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