Mesmo com algumas melhorias no mercado imobiliário, a construção nova continua em queda, focando-se o mercado no stock existente. Apesar de a confiança ter regressado, mesmo que ainda de forma contida, e o mercado apresentar ligeiras melhorias no que diz respeito a um aumento das transações no imobiliário isso não corresponde a um crescimento de todas as estatísticas do sector. Dificilmente iremos assistir ao desenvolvimento verificado nas últimas duas décadas, sobretudo no que diz respeito à construção nova.
Na verdade, durante o ano de 2013, segundo dados preliminares do INE (Instituto Nacional de Estatística), foram licenciadas aproximadamente 9.500 novas construções, traduzindo-se numa contração de 22% face ao ano de 2012. Por mês, em média foram emitidas cerca de 800 licenças no ano em análise.
De acordo com o Catálogo de Estudos do I Trimestre de 2014 da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, torna-se evidente o decréscimo de licenças emitidas, coadjuvadas pela crescente instabilidade no panorama económico, com reflexo nas decisões das famílias e das empresas. Neste caso particular, com a envolvente atual denota-se uma precaução por parte da oferta na colocação de produto imobiliário.
Colocando o enfoque no segmento residencial para o ano de 2013, com base nos dados do INE, foram licenciados mais de 7.400 novos fogos residenciais, uma quebra de 33% face ao ano anterior. Em média por mês o número de fogos novos licenciados para habitação familiar rondava 620.
Terminadas 14.400 construções em 2013
No que se refere a obras concluídas durante o ano de 2013, mediante estimativas da referida entidade, ficaram concluídos aproximadamente 14.400 projetos, traduzindo-se esse valor num decréscimo de aproximadamente 24% face ao ano de 2012.
Colocando o enfoque da análise no segmento residencial, no ano passado ficaram concluídos aproximadamente 18.900 novos fogos residenciais, registando um decréscimo de 32% face ao ano anterior.
Vale a pena destacar ainda que o mercado no último trimestre de 2013 começou a vislumbrar algum otimismo. No entanto devido à forte instabilidade dos últimos anos e à elevada restritividade financeira, o setor tornou-se mais cauteloso no que concerne aos pedidos de emissão de licenças e às obras concluídas. Atualmente, o mercado imobiliário português foca-se principalmente no stock existente, com um peso cada vez maior para a reabilitação do mesmo.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL
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