O mercado de compra e venda de habitação lidera, hoje, o investimento imobiliário em Portugal. Em sentido inverso, o arrendamento é “o segmento mais prejudicado neste novo ciclo do mercado”, refere Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal.
Na sua perspetiva, “os valores médios praticados, decorrentes da escassez de oferta, estão a limitar a evolução desta tipologia de solução habitacional, que continua a registar níveis muito elevados de procura”, estima.
O mercado de arrendamento é caracterizado por “uma multiplicidade de pequenos proprietários, que operam num mercado muito fragmentado e demasiado informal”, assegura. “Temos vindo a sensibilizar os grandes investidores sobre a oportunidade de criar, a nível nacional, carteiras de imóveis para arrendamento que permitam optimizar recursos, maximizando as economias de escala e minimizando o risco, com uma consequente redução do valor das rendas”.
Na sua opinião, “é fundamental que exista uma visão evolutiva e um novo debate sobre um adequado enquadramento fiscal, tendo em consideração a nova realidade do mercado”. Esta tendência relaciona-se ainda com a expectativa de alargamento territorial do âmbito da reabilitação urbana.
Já no que toca à compra de habitação, é “expectável” que, a nível nacional, “o rendimento disponível dos portugueses comece a limitar o ritmo da evolução dos preços, em particular nos mercados periféricos, menos expostos à procura internacional”.
A “confirmação da forte recuperação do imobiliário nos mercados periféricos” e “uma maior dinâmica nos projetos de obra nova” refletem-se “nos resultados da rede Century 21 Portugal, que está a apresentar um crescimento superior a 30%”, assinala Ricardo Sousa.
Fonte: Público
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