19 fevereiro 2018

Imóveis demoram menos de 90 dias a serem vendidos


O aumento das transações imobiliárias e a subida dos preços dos imóveis foram as principais tendências de 2017. E, para o ano que agora começou, as perspectivas continuam a ser positivas. O imobiliário vive um período de forte crescimento. Ainda não há dados finais de 2017 mas, segundo as contas da APEMIP, as transações podem ter aumentado entre 20% a 25%, naquele que terá sido o melhor ano de sempre. Em média, as casas demoram menos de 90 dias a serem vendidas.


O dinamismo do mercado imobiliário tem resultado em transacções rápidas. "O tempo médio de compra e venda, a nível nacional, de um apartamento RE/MAX fixou-se nos 90 dias. Já Lisboa e Porto registam tempos médios inferiores, de 74 e 86 dias, respectivamente", explicou Manuel Alvarez, presidente da RE/MAX Portugal ao Negócios.Já Ricardo Sonsa, CEO da Century 21 Portugal, acrescenta que, no caso desta imobiliária, "o tempo médio de transação de imóveis residenciais é inferior a 90 dias".

"Ao longo de todo o ano de 2017, a RE/MAX viu o seu volume de transações aumentar cerca de 17%, face a 2016, alcançando os 60 mil imóveis, 76% dos quais referentes a processos de compra e venda", adiantou Manuel Alvarez. Já a Century 21 Portugal registou um aumento de transações de 37%, superando as 10 mil transações.

E, em ambos os casos, a maior parte das transações foram realizadas por particulares. "Claramente que é a procura nacional, ou seja, as famílias portuguesas, que se assumem como o verdadeiro motor do mercado imobiliário residencial, em todo o país", adianta Ricardo Sousa. Na Century 21, o peso dos internacionais baixou para 19%, mantendo a tendência dos últimos dois anos. Na RE/MAX, "apesar de o cliente estrangeiro continuar a ter um papel bastante significativo no mercado imobiliário em Portugal, o cliente luso continua a ser o principal investidor, ao representar 87% das transacções realizadas". 

A maior parte destas transações foi realizada a crédito: a percentagem ronda os 60% no caso de ambas as imobiliárias. As operações com recurso a financiamento têm vindo a aumentar nos últimos três anos, "fruto de uma maior facilidade de acesso ao financiamento, por que parte das entidades bancárias". frisa Manuel Alvarez. O CEO da Century 21 antecipa que ainda "existe espaço para o crédito à habitação continuar a crescer", sendo mesmo "necessário que estes números continuem a evoluir positivamente, para que mais famílias possam aceder a habitação própria".

*O poder económico das famílias portuguesas tende a mostrar sinais de crescimento, os preços do sector estabilizaram e a adesão e concessão de crédito à habitação deverão manter-se inalterados. Estes são fatores mais do que significativos que nos levam a acreditar que 2018 será um ano em que o mercado imobiliário continuará a registar um crescimento bastante positivo", frisa Manuel Alvarez.

Fonte: Negócios

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