22 março 2012

Confiança do mercado de investimento melhorou desde Outubro


Os mercados com crescimento económico e outros mercados tradicionais que estiveram ativos em 2011 continuam bastante dinâmicos em termos de volumes de investimentos para 2012 e irão atrair a maior parte do capital internacional. Esta foi uma das principais ideias retidas por Walter Fábrega, diretor de Capital Markets da Jones Lang LaSalle Portugal, que participou no MIPIM 2012, a maior feira de imobiliário da Europa, realizada em Cannes, França.
O responsável refere que "a confiança dos investidores é, em geral, positiva, embora menos entusiástica por parte dos proprietários e promotores, já que a sustentabilidade das rendas está a prejudicar os proveitos, seja por via da renegociação de rendas, ou, pior, devido a incumprimento no pagamento de rendas". De salientar, refere Fábrega, que "a confiança do mercado de investimento melhorou face à última feira que reúne a comunidade de investimento internacional, a Expo Real, em outubro".
O diretor de Capital Markets explica ainda que "os países emergentes e as cidades exóticas estão a tentar posicionar-se e tendem a promover os seus projectos e imóveis em desenvolvimento com base num retorno elevado e num valor potencial, e não com base em indicadores realistas do mercado.

Fábrega refere que o mercado está de acordo e que em 2015 deverá sair da crise. O financiamento, a banca e as carteiras de crédito tornaram-se temas centrais para a maior parte dos investidores institucionais e REIT, conclui na sua análise do mercado internacional.
Investimento português

Relativamente a Portugal, Walter Fábrega sublinha que, enquanto país periférico, o território se encontra "numa situação excepcional, oferecendo diferentes níveis quer de risco quer de oportunidades. O país é agora um alvo para os investidores que procuram preços ajustados, com indicadores imobiliários credíveis subjacentes". Fábrega acrescenta que se nota uma forte procura "baseada em operações de sale & leaseback, envolvendo edifícios do setor terciário com contratos de arrendamento longos e imóveis construídos à medida e com garantia de pré-arrendamento. Estas operações serão válidas para todos os segmentos do mercado e procuram incluir contratos de arrendamento com, pelo menos, 10 anos, com atualização de rendas e indexados à inflação".

Salienta ainda que "os investidores alemães se mantêm ativos e começam a olhar de novo para os países periféricos: Espanha já está na mira e Portugal pode vir a ser um novo alvo deste investimento já na segunda metade de 2012 e durante 2013. A economia continua a ser o principal indicador para os investidores e os critérios de investimento são claros: os ativos de melhor qualidade em localizações prime, bons inquilinos, contratos longos e sem risco comercial".
Fonte: OJE

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