Por Sérgio Aniceto *
Passada mais uma quadra, a da Semana Santa, e num primeiro balanço, persiste o ambiente recessivo. No turismo, verificamos que a taxa de ocupação nos estabelecimentos hoteleiros do Algarve foi, na época do Natal, remate do pior dezembro dos últimos 16 anos. Quando todos os mercados emissores registaram descidas, as principais verificaram-se nos mercados alemão (-36%) e, naturalmente, no nacional (-18,4%).
Com uma situação conjuntural desfavorável - o Algarve até atraiu mais turistas em fevereiro, na altura das férias de Carnaval, se bem que as receitas tenham diminuído ligeiramente - Portugal insiste em não saber cuidar dos seus clientes.
Segundo a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a hotelaria algarvia até "sacode a maré baixa", com subidas da ocupação (+7,5%) e do volume de negócios (+3,5%) em março. Contudo, os dados resultam de novas reduções nos preços que, ainda assim, não impulsionam suficiente procura que anule os danos. Agora, com o fim de semana prolongado da Páscoa, algumas unidades viram-se praticamente lotadas, sobretudo com turistas portugueses. Os mercados emissores holandês e alemão voltaram a crescer, mas não compensam as perdas. Mais, verifica-se uma alteração relevante com o significativo aumento da procura "All Inclusive" e, para responder às exigências do mercado, também no Algarve, aumenta essa oferta, ainda que à custa de promoções e redobrados descontos. O Turismo de Portugal lançou mesmo uma campanha no sul de Espanha - oferecendo noites grátis - de forma a captar turistas para o Algarve, tentando combater a sazonalidade da região e, espera-se, incrementar a procura nesse mercado próximo. Clientes habituais, os espanhóis, como que debandaram, e não somente devido à crise no seu país, mas pela manifestamente exagerada subida do IVA entre nós e, também, pela introdução de intolerantes e inexplicáveis sistemas de pagamento de portagens nas ex-SCUT, que ajudam a afogar o turismo que, ao que parece, deixa de ser um setor estratégico. Um dos maiores grupos nacionais decidiu fechar, para o próximo inverno, metade das unidades devido à quebra de turistas portugueses e espanhóis, que pesavam cerca de 50% da faturação, e registaram, neste primeiro trimestre, uma quebra superior a 15%.
Segundo a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a hotelaria algarvia até "sacode a maré baixa", com subidas da ocupação (+7,5%) e do volume de negócios (+3,5%) em março. Contudo, os dados resultam de novas reduções nos preços que, ainda assim, não impulsionam suficiente procura que anule os danos. Agora, com o fim de semana prolongado da Páscoa, algumas unidades viram-se praticamente lotadas, sobretudo com turistas portugueses. Os mercados emissores holandês e alemão voltaram a crescer, mas não compensam as perdas. Mais, verifica-se uma alteração relevante com o significativo aumento da procura "All Inclusive" e, para responder às exigências do mercado, também no Algarve, aumenta essa oferta, ainda que à custa de promoções e redobrados descontos. O Turismo de Portugal lançou mesmo uma campanha no sul de Espanha - oferecendo noites grátis - de forma a captar turistas para o Algarve, tentando combater a sazonalidade da região e, espera-se, incrementar a procura nesse mercado próximo. Clientes habituais, os espanhóis, como que debandaram, e não somente devido à crise no seu país, mas pela manifestamente exagerada subida do IVA entre nós e, também, pela introdução de intolerantes e inexplicáveis sistemas de pagamento de portagens nas ex-SCUT, que ajudam a afogar o turismo que, ao que parece, deixa de ser um setor estratégico. Um dos maiores grupos nacionais decidiu fechar, para o próximo inverno, metade das unidades devido à quebra de turistas portugueses e espanhóis, que pesavam cerca de 50% da faturação, e registaram, neste primeiro trimestre, uma quebra superior a 15%.
Fonte: OJE
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.