Por Gonçalo Garcia *
O investimento estrangeiro em Portugal é um indicador interessante do ponto de vista de medir a atratividade e potencial de crescimento de mercado. É certo que as recentes transações efetuadas surgiram num contexto de depressão económica e pressão para consolidação/revisão da posição do estado em determinados setores de atividade.
É discutível se, na génese do investimento estrangeiro, se encontra uma verdadeira aposta no crescimento de mercado ou se há uma interpretação de Portugal como uma porta de entrada para um espaço económico mais vasto, Europa, ou se é apenas o reflexo oportunístico de uma condição de sobreendividamento do país e a urgência de criação de liquidez imediata.
É discutível se, na génese do investimento estrangeiro, se encontra uma verdadeira aposta no crescimento de mercado ou se há uma interpretação de Portugal como uma porta de entrada para um espaço económico mais vasto, Europa, ou se é apenas o reflexo oportunístico de uma condição de sobreendividamento do país e a urgência de criação de liquidez imediata.
Todavia, Portugal encontra-se, de facto, na rota do investimento estrangeiro, resultante igualmente do esforço presente e passado das instituições de promoção e governos em promover Portugal e os seus setores de atividade.
O turismo é indubitavelmente um setor estratégico para a economia nacional, no qual a componente exportação assume um peso muito significativo. Também este tem sido um setor fortemente afetado pelas atuais condições de mercado. Os últimos dez anos observaram um crescimento considerável de oferta em termos quantitativos e qualitativos. Esta evolução, apoiada por quadros comunitários e com grande alavancagem financeira, expuseram bons projetos às oscilações de mercado e taxas de juro.
O resultado é conhecido, o famoso efeito "bola de neve", de incumprimentos sucessivos até atingir uma situação insustentável. Esta realidade leva-nos a questionar se ainda existem boas oportunidades de investimento em Portugal?! Esta é das perguntas mais frequentemente colocadas por investidores internacionais. E, de facto, Portugal continua a ser um destino atrativo para se investir.
A ILM Group, através da sua recente parceria com a Lansdowne RE (Londres), é exemplo concreto desta realidade, tendo introduzido, em Portugal, um grupo de investidores (constituído por capitais ingleses e alemães), para a aquisição de um ativo turístico: um campo de golfe em situação de insolvência.
Este grupo de investidores, com larga experiência internacional de gestão operacional de resorts, escolheu a ILM para representar os seus interesses neste negócio com génese revolucionária, uma vez que integra novos procedimentos operacionais, permitindo, deste modo, melhorar a performance, tendo como consequência o cumprimento de responsabilidades assumidas no passado, nomeadamente com a banca, potenciando simultaneamente o valor base do ativo, numa perspetiva de criação de mais-valias a médio longo prazo.
Apesar do recente pessimismo no qual a Europa mergulhou, e nervosismo provocado pela possibilidade de bancarrota de países, ao qual Portugal não escapa (apesar do esforço que tem vindo a ser feito por todos os portugueses), continua a existir interesse e capital para investir em território nacional, nomeadamente em oportunidades e setores estratégicos nos quais nos destacamos internacionalmente, como é o caso do turismo.
* Senior Analyst ILM Group
Fonte: OJE
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