A atividade no investimento imobiliário global contraiu no primeiro trimestre de 2012, após o forte desempenho de 2011, revela a Jones LangLaSalle.
O mercado de investimento imobiliário global registou contração no primeiro trimestre deste ano, com um volume de transações de 75 mil milhões de dólares (58 mil milhões de euros), abaixo do observado em igual período de 2011, apontam os resultados preliminares apurados pelo Capital Markets Research da Jones Lang LaSalle.
O mercado de investimento imobiliário global registou contração no primeiro trimestre deste ano, com um volume de transações de 75 mil milhões de dólares (58 mil milhões de euros), abaixo do observado em igual período de 2011, apontam os resultados preliminares apurados pelo Capital Markets Research da Jones Lang LaSalle.
Os principais mercados imobiliários mundiais registaram um início de ano mais calmo, depois de um 2011 dinâmico, sobretudo no quarto trimestre. Além disso, transações extraordinárias em mercados já consolidados, como a venda do Trafford Centre Shopping no Reino Unido por 6,2 mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros), impulsionaram os volumes entre janeiro e março do exercício passado, o que não se repetiu no início de 2012, conduzindo a uma quebra nos volumes totais. O declínio da atividade nos primeiros três meses deste ano deveu-se ainda às pressões económicas, que resultaram nas restrições no acesso ao crédito, especialmente para novos financiamentos.
Arthur de Haast, head do International Capital Group da Jones Lang LaSalle, explica que, "apesar de os volumes de investimento terem decrescido no primeiro trimestre de 2012 e de o contexto económico continuar dominado pela incerteza, o mercado imobiliário continua atrativo, apresentando indicadores fortes e uma procura consistente". O responsável acrescenta que o último trimestre de 2011 "foi um dos de maior incerteza na Europa, mas os decisores políticos perceberam a gravidade da situação e tomaram as medidas apropriadas, o que permitiu ajudar a estimular a atividade em todo o continente". Refere ainda que "os volumes e a confiança nos EUA continuaram a melhorar, crescendo 16%" face ao mesmo período de 2011, "impulsionados pela melhoria dos indicadores económicos. Os volumes transacionados no Canadá e no México cresceram mais de 50% em termos homólogos".
2011, de acordo com Arthur de Haast, "foi o segundo ano com melhor performance na região Ásia-Pacífico, com volumes anuais de 98 mil milhões de dólares (75 mil milhões de euros) ". E, ainda que o primeiro trimestre de 2012 "tenha registado um abrandamento face ao mesmo período de 2011, esperamos que a performance do investimento imobiliário nesta região melhore nos meses vindouros, à medida que as políticas fiscais e cambiais estão a liberalizar-se em toda a região".
A consultora adianta que a intenção de concluir negócios no trimestre final de 2011 foi bem patente, resultando numa revisão em alta dos volumes para o total do ano. A performance do exercício transato foi assinalável e será difícil conseguir que seja alcançado este dinamismo de novo em 2012.
David Green-Morgan, diretor de Global Capital Markets Research na Jones Lang LaSalle, afirma que "o imobiliário terciário continua a atrair capital e interesse dos investidores institucionais, beneficiando ainda de alocações que se afastam dos mercado bolsista e de ‘commodities', entre outras classes de ativos". Tendência que "deverá manter-se à medida que a atração por ativos mais estáveis cresce, em linha com o aumento previsto da inflação global a médio prazo". Diz também que, "apesar de o caminho a percorrer pela economia mundial poder não ser ainda completamente pacífico, a confiança dos investidores mantém-se positiva. As questões relacionadas com o financiamento ao imobiliário terciário continuarão a colocar problemas para alguns e oportunidades para outros, sendo que todos contribuirão para a atividade transacional".
Arthur de Haast afirma que, "apesar de as principais e maiores cidades do mundo, como Londres e Nova Iorque, continuarem a atrair elevados volumes de capital, esperamos que os investidores olhem de forma mais atenta para o número crescente de oportunidades que surgem nos mercados secundários à medida que os preços continuam a ajustar-se".
Ainda que os investidores se mantenham cautelosos, a maioria continua a executar as suas estratégias, embora com tempos de transação mais alongados e a exigência de maiores garantias. Dado o volume de capital disponível, a Jones Lang LaSalle estima que a atividade de investimento de 2012 se mantenha nivelada com a registada em 2011, ou seja, em torno dos 400 mil milhões de dólares (307 mil milhões de euros), esperando-se que os negócios que envolvem transação de portefólios possam ter uma influência importante nesta atividade.
Assim, 2012 deverá ser outro ano dominado pelas respostas políticas às alterações nas condições económicas, de acordo com a Jones LangLaSalle, referindo que, para que a atividade possa superar a de 2011, "será necessário verificar-se maior disponibilidade de financiamento globalmente e um crescimento sustentado da atividade em mercados secundários, o que não aconteceu até à data".
Fonte: OJE
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