Por Duarte Sousa *
A casa passiva onde o arquitecto espanhol Josep Bunyesc hoje vive com a sua família em Lérida, na Catalunha, foi totalmente idealizada por ele e conseguiu uma diminuição no uso de energia de 90% em face ao que seria o consumo de uma casa tradicional. Esta construção conta com orientação e isolamento ideais, painéis solares e uma escolha correta de materiais mais sustentáveis.
A casa é de madeira pré-fabricada, o que permite uma obra mais limpa e com menos produção de resíduos e tem um sistema de ventilação natural, por meio de canais e poços de ar. No inverno, esses espaços podem ser fechados e janelas com vidro duplo ajudam a manter o local aquecido. A eficiência energética evita a utilização de equipamentos de climatização e reduz os gastos com energia. No centro da casa, há um pequeno espaço aberto que ajuda a fornecer luz natural para o interior da habitação.
Este arquiteto antecipou em oito anos a imposição que foi estabelecida recentemente pela nova directiva comunitária EPBD (Energy Performance of Buildings Directive) que estabelece aos Estados-membros que, a partir de 31 de dezembro de 2020, todos os novos edificios tenham necessidades quase nulas de energia - NZEB (nearly zero-energy buildings). Como poderemos lá chegar?
A nível de projeto, este deverá partir logo desta nova permissa, como a utilização e distribuição de vãos envidraçados e privilegiar a adequada exposição à radiação solar. Em termos da escolha de materiais e soluções construtivas, estas deverão permitir uma elevada qualidade termofísica, por forma a garantir o conforto dos seus ocupantes quase sem necessidade de sistemas de climatização, outro dos maiores consumidores de energia de um edifício. Em termos de equipamentos, deverão ser escolhidos os que têm melhor classificação energética, preferencialmente A ou A+, tal como no sistema de iluminação, que deverá excluir tecnologias pouco eficientes. Deverão ser instalados sistemas de produção local de energia, recorrendo a energias renováveis e, no que se refere ao abastecimento de energia, deverá caminhar-se para ligações bidirecionais à rede pública. Só assim conseguirá resolver-se o desfasamento entre a produção de um edifício auto-produtor de energia e o respectivo consumo.
O arquiteto Josep Bunyesc não esperou por 2020.
* Diretor-geral Ikaros
Este arquiteto antecipou em oito anos a imposição que foi estabelecida recentemente pela nova directiva comunitária EPBD (Energy Performance of Buildings Directive) que estabelece aos Estados-membros que, a partir de 31 de dezembro de 2020, todos os novos edificios tenham necessidades quase nulas de energia - NZEB (nearly zero-energy buildings). Como poderemos lá chegar?
A nível de projeto, este deverá partir logo desta nova permissa, como a utilização e distribuição de vãos envidraçados e privilegiar a adequada exposição à radiação solar. Em termos da escolha de materiais e soluções construtivas, estas deverão permitir uma elevada qualidade termofísica, por forma a garantir o conforto dos seus ocupantes quase sem necessidade de sistemas de climatização, outro dos maiores consumidores de energia de um edifício. Em termos de equipamentos, deverão ser escolhidos os que têm melhor classificação energética, preferencialmente A ou A+, tal como no sistema de iluminação, que deverá excluir tecnologias pouco eficientes. Deverão ser instalados sistemas de produção local de energia, recorrendo a energias renováveis e, no que se refere ao abastecimento de energia, deverá caminhar-se para ligações bidirecionais à rede pública. Só assim conseguirá resolver-se o desfasamento entre a produção de um edifício auto-produtor de energia e o respectivo consumo.
O arquiteto Josep Bunyesc não esperou por 2020.
* Diretor-geral Ikaros
Fonte: OJE
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