02 maio 2012

Reabilitação traz nova vida para os centros urbanos


Por Paula Silveira *
Longe vão os tempos em que a palavra de ordem era a construção nova. Longe vão os tempos em que assistíamos à degradação das cidades com total indiferença.
Atualmente, pelo contrário, existe uma preocupação crescente com a reabilitação urbana. Aliás, a reabilitação apresenta-s como uma prioridade nacional e uma forma de intervir ativamente na revitalização das cidades e favorecer a sua evolução social e económica.
 A cidade do Porto, recentemente eleita o "Melhor Destino Europeu 2012" por um júri da Associação dos Consumidores Europeus, é um bom exemplo desta mudança de atitude.

Hoje, a principal preocupação para o Porto é a sua reabilitação urbana, requalificar parcelas agora degradadas e despovoadas e a própria vida quotidiana dos portuenses. É imperativo criar formas que favoreçam o regresso dos portuenses ao coração da cidade, reencontrando a paisagem que parecia perdida e que bem conhecemos como centro histórico do Porto.

No entanto, na conjuntura económica em que vivemos, esta tarefa assemelha-se muito dificil de concretizar. De facto, com a dificuldade de financiamento existente junto da banca, a verdadeira reabilitação só poderá realizar-se com a participação ativa e financeira de entidades particulares que possam sustentar os processos.

Considerado um negócio rentável para investidores e vital para a cidade, a reabilitação é hoje fruto da aliança crescente entre os setores público e privado. Um exemplo desta aliança é o recentemente inaugurado Hotel Intercontinental, Palácio das Cardosas, em plena Avenida dos Aliados, que dá um novo brilho à cidade, atraindo centenas de turistas para a Baixa do Porto.

Existem vários projetos de reabilitação da cidade em curso, que atrairão novas ideias de negócio, conceitos inovadores e novos moradores para os imóveis recuperados e devolvidos à Invicta. A reabilitação da cidade do Porto é o nosso presente. O nosso futuro será certamente uma cidade "nova", com mais infra-estruturas, com as ruas povoadas, com habitações renovadas, novos espaços comerciais, mais parques de estacionamento, ou seja, será uma cidade reinventada respeitando os símbolos e as referências que conhecemos no passado.

* Consultora sénior de Retail Leasing na Jones Lang LaSalle
Fonte: OJE

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