05 junho 2012

Portugueses procuram férias baratas: trocam hotéis por casas


Portugueses procuram férias baratas: trocam hotéis por casas

Mesmo em altura de crise, há quem não dispense uns merecidos dias de descanso longe de casa. Mas precisamente por causa da crise, a palavra de ordem é poupar. Por isso, muitos portugueses estão a tentar aliar as duas coisas e procuram férias baratas. Na hora de escolher, nada é deixado ao acaso.

Locais onde o custo de vida é mais baixo, onde não é preciso pagar portagens e que permitam poupar combustível são os preferidos. Quem vai para fora, prefere destinos com ligaçõeslow-cost.



Um dos comportamentos que saltam à vista no site da Homelidays é que muitos portugueses preferem arrendar casa nas férias a marcar um quarto de hotel. «É muito mais barato. Um apartamento custa em média 700 euros por semana. A dividir por sete pessoas, dá 100 euros por pessoa. Num hotel, chega-se a pagar isso por um quarto numa noite», explica a responsável da Homelidays para o mercado nacional, Sofia Dias, em declarações à Agência Financeira.

«Quem marcava alojamento fora de Portugal continua a fazê-lo. Mas as reservas dentro do país, feitas por portugueses, caíram 10%. E quem faz reservas, fica mais perto de casa, ou opta por regiões onde os preços são mais baixos, onde o custo de vida é menor, onde a restauração e as compras são mais baratas. Por exemplo, no Algarve, opta-se mais pelo lado Leste que o Oeste. Ou seja, preferem o lado de Tavira ao lado de Albufeira, por exemplo», explica Sofia Dias.

Mas o Algarve nem é o melhor exemplo, já que, este ano, a procura no site da Homelidays pelo destino mais a sul de Portugal até está em queda: menos 10%. Além do «desvio» da procura para destinos mais baratos, como o Alentejo ou o Douro, a cobrança de portagens na Via do Infante também fez com que o Algarve perdesse parte do seu poder de atração.

Mas se os portugueses estão mais contidos, este ano, o mesmo não se pode dizer de mercados como Reino Unido ou Alemanha. O número de reservas de habitações feitas a partir destes países, para passar férias em Portugal, aumentou 30%. Muita desta procura ia antes para a Grécia mas, no caso dos alemães, «que agora não têm sido lá muito bem recebidos na Grécia», Portugal afigura-se agora como um destino igualmente barato, e mais acolhedor.

Outro sinal visível da crise é que muitas famílias portuguesasalugam as casas onde vivem para férias, numa tentativa de rentabilizarem os imóveis e assim obterem algum dinheiro.

Em média, arrendar uma casa para férias custa 700 euros por semana. Nos três meses de verão, estas famílias podem encaixar, em média, 8.400 euros.

Fonte: Agência Financeira

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