Os preços de habitação globais mantiveram-se inalterados nos três primeiros meses de 2012. É a primeira vez, desde o último trimestre de 2009, que o crescimento anual de preços fica abaixo de 1%.
O Índice Global de Preços de Habitação da Knight Frank, divulgado pela Worx Real Estate Consultants, registou o pior desempenho anual desde 2009, com um crescimento de apenas 0,9% até março de 2012. O setor tem sido afetado pelas dúvidas sobre o futuro da Zona Euro, juntamente com os esforços incondicionais dos Governos asiáticos para "acalmar" os mercados e impedir o investimento especulativo.
O Índice Global de Preços de Habitação da Knight Frank, divulgado pela Worx Real Estate Consultants, registou o pior desempenho anual desde 2009, com um crescimento de apenas 0,9% até março de 2012. O setor tem sido afetado pelas dúvidas sobre o futuro da Zona Euro, juntamente com os esforços incondicionais dos Governos asiáticos para "acalmar" os mercados e impedir o investimento especulativo.
Este descrédito deve-se aos problemas da Zona Euro, à revisão em baixa do PIB decidida pelo FMI - Fundo Monetário Internacional e à apreensão sobre o impulso da recuperação económica mundial. De acordo com o FMI, o PIB global deverá crescer cerca de 3,3% este ano (face aos anteriores 4%) e o PIB da Zona Euro deverá decrescer aproximadamente 0,5% em 2012 (previsões prévias apontavam para um crescimento de 1,1%).
A incerteza em torno da crise da dívida na Europa e a paralisia política na Grécia estão a influenciar as decisões comerciais e a confiança dos consumidores em todo o mundo. De acordo com o indicador, existem poucos sinais para aumentar a confiança das famílias europeias. O desemprego está a aumentar devido aos cortes nos gastos públicos, fazendo com que os ordenados e o rendimento disponível se esgotem, enfraquecendo assim a procura por habitação. Em média, os preços na Europa permaneceram inalterados até março último. Estónia registou o crescimento mais forte, com 13,9%, e a Irlanda teve o crescimento mais fraco, com uma queda de 16,3%.
Na região Ásia-Pacífico, o crescimento médio anual no primeiro trimestre de 2010 excedeu os 16%, mas, passados dois anos, baixou para perto de 2%, muito devido aos esforços do Governo para controlar a inflação dos valores de venda. O crescimento nesta região ainda excede a média mundial, mas as margens diminuíram consideravelmente, revela o índice. Nicholas Holt, diretor de research na Ásia da Knight Frank, afirma que "o mercado imobiliário chinês passou um período complicado nos últimos 12 meses. Investidores e compradores depararam-se com a restrição dos financiamentos bancários como consequência das medidas de "abrandamento" do mercado". Assim, "restrições ao crédito, novos impostos, contenção na aquisição de múltiplas propriedades e novas regras para restringir a entrada de capital estrangeiro tiveram o efeito desejado", acrescenta o responsável.
Os próximos três a seis meses serão críticos para o mercado imobiliário mundial, adianta o documento. Se o descontentamento vivido em Espanha e na Grécia for apaziguado e a França e a Alemanha acordarem num pacto firme de políticas de promoção do crescimento, a crise poderá ser aliviada. Estima-se que tal aconteça em 2013, mais propriamente na segunda metade, e que o índice comece a ganhar de novo força.
Fonte: OJE
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