A CBRE estima que o investimento em imobiliário comercial em Portugal tenha atingido, no segundo trimestre deste ano, um total de 16 milhões de euros. Este é um valor muito reduzido (só há registo de um número mais baixo no terceiro trimestre de 2011) mas traduz um maior dinamismo neste mercado, na medida em que representa um total de sete transações (número superior só encontrado nos trimestres de 2010 e para trás).
Os investidores foram todos de origem nacional: quer privados quer um fundo aberto (aliás, o único que tem estado ativo no mercado de compra, em contraciclo com os outros fundos abertos nacionais). Os investidores estrangeiros institucionais mantêm uma posição de prudência relativamente ao mercado nacional.
A maioria dos ativos transacionados trata-se de unidades comerciais, as quais apresentam aos investidores privados volumes de investimento acessíveis e uma boa rentabilidade face às alternativas financeiras que se encontram atualmente no mercado.
Acreditamos que o setor vai continuar, ao longo do ano, a revelar algum dinamismo, mas os tradicionais fundos institucionais estrangeiros deverão manter-se afastados do mercado português, uma vez que a conjuntura política e económica continua a apresentar-se instável. Deste modo, as transações deverão continuar a incidir sobre ativos de menor valor (até 10 milhões de euros) e os principais players deverão continuar a ser predominantemente investidores privados, family offices e investidores especializados.
Por Cristina Arouca, Associate director na CBRE
Fonte: OJE
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