29 agosto 2012

JLL: Recuperação do mercado europeu de escritórios estagna


O European Office Clock Report, da Jones Lang LaSalle (JLL) concluiu que as rendas prime de escritórios na Europa caíram, “ainda que marginalmente”, pelo segundo trimestre consecutivo.

Segundo este relatório, o índice europeu agregado decresceu 0,2%, “dando sequência a uma queda de 0,1%, no primeiro trimestre de 2012, naquela que tinha sido a primeira redução de rendas em termos trimestrais desde o quarto trimestre de 2009”.


O comunicado da consultora imobiliária explica que a queda foi liderada “pelas alterações nas nas rendas de escritórios dos mercados da Europa Ocidental, já que nos mercados da Europa Central e de Leste as rendas prime de escritórios se mantiveram inalterados”. As principais subidas, ocorridas em Dusseldorf (4,2%) e Berlim (2,3%) foram atenuadas pelas contracções em Dublin (-6,5%), Madrid (-2%), Barcelona (-1,4%) e Paris (-1,2%).

Lisboa registou uma renda prime de 222 euros por metro quadrado por ano (18,5 euros/m2/mês) no segundo trimestre deste ano, “mantendo-se inalterada face ao trimestre anterior”, apesar de se observar uma quebra de 2,6% face ao segundo trimestre do ano passado. Segundo a JLL, a renda prime de escritórios em Lisboa é a terceira mais baixa do conjunto de mercados analisados no relatório, sendo apenas superada por Barcelona – 216 euros/m2/ano – e Atenas – 214 euros/m2/ano.

“Para o final deste ano, ou início do próximo, prevemos uma descida da renda prime no mercado de escritórios de Lisboa para os 216 euros/m2/ano”, referiu Mariana Seabra, directora de Office Agency & Corporate Solutions da LaSalle. Esta responsável explicou que o decréscimo dever-se-á “ao volume de oferta que irá surgir na Zona 1 (Prime CBD) no decorrer de 2013, fruto da reabilitação de um conjunto de edifícios ou da desocupação de edifícios actualmente ocupados”.

“Apesar da procura nesta zona ser bastante activa, não terá capacidade para absorver toda a nova oferta, o que irá provocar a queda do valor das rendas e aumentar a taxa de disponibilidade”, concluiu Mariana Seabra.

Fonte: Construir

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