Os bancos querem ver-se livres de muitos imóveis que têm em sua posse e, para isso, oferecem condições mais apetecíveis a quem quiser subscrever um crédito para essas casas: spreads de 1%, quando o normal é, pelo menos 3%, financiamento a 100%, quando costuma ir apenas até aos 80% e isenção de comissões.
A associação de consumidores Sefin diz que isto é uma prática de concorrência desleal e denunciou-o em julho, segundo o «Jornal de Negócios». Isto porque as condições mais vantajosas oferecidas pelos bancos penalizam os proprietários particulares que também querem vender os seus imóveis.
O PSD, através de Paulo Batista Santos, pediu esclarecimentos às Finanças e o Banco de Portugal, que respondeu pelo Governo. Disse que não lhe cabia fiscalizar ou influir nas decisões dos bancos em matéria de preços, sublinhando apenas que a concessão de crédito «em condições mais favoráveis» é «prática comum», para os bancos cumprirem os rácios de capital e de transformação exigidos.
De qualquer modo, numa carta a Paulo Batista Santos, a instituição liderada por Carlos Costa reconheceu que «existem sinais de que pode haver alguma concessão de crédito privilegiada nos imóveis detidos pelos bancos».
Entretanto, a Autoridade da Concorrência já foi questionada pelas imobiliárias, mas ainda não se pronunciou.
Fonte. AF
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