O complexo, em comercialização pelas consultoras imobiliárias Cushman & Wakefield e a B. Prime, foi apresentado ontem aos jornalistas pelo administrador do fundo, Geoffroy Moreno, que teve ao seu lado o vereador do Urbanismo da edilidade de Lisboa, Manuel Salgado.
O projeto, com certificação Breeam (Building Research Establisment Environmental Assessment Method), envolve 10 milhões de euros, estando prevista a conclusão das obras em junho de 2013.
O grupo francês, que nasceu há dois anos e tem, na composição societária, vários private equity, está a fazer investimentos em Lisboa e em Paris. O complexo na capital portuguesa surgiu como uma verdadeira oportunidade, tendo em conta que se trata de um espaço localizado no lado direito da avenida e numa esquina, além de responder às exigências dos retalhistas de topo.
Manuel Salgado realçou o papel da Câmara Municipal de Lisboa na valorização de dois eixos, a Almirante Reis e a Av. da Liberdade. Neste último eixo, destacou o facto de, entre os 16 edifícios devolutos existentes, apenas dois permanecem em degradação, mas para os quais já existem projetos para hotéis. Adiantou que o objetivo camarário é colocar a cidade na rota dos destinos dos shoppings de qualidade, aproveitando o facto de os custos de contexto tornarem mais barato adquirir grandes marcas face de outras capitais europeias. Isto porque o novo fluxo de turistas brasileiros, angolanos e chineses procura este género de produtos.
O objetivo passa pela requalificação urbana, a par da requalificação do espaço público ao longo da Av. da Liberdade. Nesta zona, é crucial a melhoria da qualidade do ar. Aliás, sublinhou Manuel Salgado, está pendente uma ação do Tribunal Europeu sobre o Estado português devido a esta questão que poderá conduzir a uma coima de 1,9 milhões de euros, acrescido de 630 euros/dia após a sentença. As obras visam a redução do nível de poluição.
O vereador disse ainda que decorrem obras de caráter provisório para testes até final do ano, seguindo-se a execução do projeto, que inclui a construção de dois parques subterrâneos com 500 lugares, permitindo a supressão de boa parte dos estacionamentos à superfície. Foram desenhados passeios mais largos e mais confortáveis, e será instalado um novo mobiliário urbano com o objetivo de reviver parte daquilo que foi o antigo Passeio Público.
O responsável realçou que, a par deste espaço de escritórios e retalho (do Étoile 240), cerca de 95% dos processos de licenciamento a entrar na Câmara são de reabilitações. E defendeu que a Câmara deve continuar a licenciar depressa.
Entretanto, a Largetoile tem dois novos projetos em vista para a Avenida da Liberdade, atuando a nível do retalho, de escritórios e dos apartamentos turísticos. No retalho, a expectativa é de uma yield entre os 7 e os 7,5%.
Fonte: OJE
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