Os investidores não europeus destacam-se cada vez mais no mercado imobiliário comercial europeu, sendo que um quinto do capital movimentado no primeiro semestre de 2012 é proveniente do exterior, avança o mais recente estudo da CBRE. A consultora imobiliária refere que os investidores de outras regiões foram responsáveis por mais de 10 mil milhões de euros de investimento imobiliário na Europa, com o capital proveniente essencialmente da América do Norte, do Médio Oriente e da Ásia. A empresa afirma ainda que o aumento da atividade de investimento dos fundos soberanos e fundos de pensões contribuiu de forma significativa para este desempenho.
De acordo com a CBRE, o capital global de aquisição do imobiliário europeu "revela uma extraordinária diversidade" em termos de proveniência, com investimento significativo vindo do Brasil pela primeira vez, bem como da China, da Malásia e do Chile.
Londres atrai metade do capital
Em termos de investimento direto, a preferência dos investidores imobiliários não europeus recai sobre o segmento de escritórios. A nível geográfico, a CBRE sublinha que se mantém a separação norte/sul: Londres atraiu metade do capital que entrou na região, sendo os investidores imobiliários não europeus responsáveis por sete das dez maiores transações de capital nos primeiros seis meses deste ano. Paris também revela popularidade e, juntamente com Londres, representa mais de dois terços do investimento inter-regional, por comparação com cerca de um terço registado no pico mais elevado do mercado, em 2007.
Os mercados de investimento imobiliário da Alemanha (Frankfurt e Munique) e da Suécia (Estocolmo) também se encontram entre os mais populares, sendo considerados seguros no quadro da atual crise da Zona Euro. A consultora refere que "tal facto repercute a tendência de crescente polarização do mercado imobiliário em geral, em benefício do norte da Europa. Da mesma forma, face ao registado no segundo semestre de 2011, persistem decréscimos nos mercados do sul da Europa", em particular em Espanha (com um tombo de 56%) e na Itália (com uma quebra de 25%).
Jonathan Hull, diretor do departamento de capital markets da região EMEA da CBRE, declara que "os investidores não europeus estão excecionalmente ativos em Londres e em Paris, mas têm também interesses mais amplos em cidades alemãs e suecas, a título de exemplo, gerando investimento inter-regional que representa uma quota do mercado de investimento europeu maior do que em qualquer outro momento desde a recessão". O responsável adianta que "este é um forte indicador da polarização que caracteriza atualmente os mercados imobiliários a nível europeu e global".Fonte: OJE
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