O Governo de Macau anunciou na quinta-feira passada novas medidas de natureza fiscal, como uma taxa adicional de 10% aplicada a investimento estrangeiro, para controlar a especulação imobiliária na cidade.
Em conferência, Lau Si Io, secretário para os Transportes e Obras Públicas do Executivo local, justificou as novas medidas com a disponibilidade de capital existente devido às baixas taxas de juro, o que contribui para a "oscilação do mercado imobiliário".
Com as novas medidas, que entram em vigor depois de aprovadas pela Assembleia Legislativa, o Governo quer "estabilizar, com eficácia, o setor financeiro, reforçar a gestão do risco bem como elevar os custos da especulação, diminuir o risco da queda repentina da bolha do mercado imobiliário, regulamentar o mecanismo de funcionamento do mercado imobiliário e promover o seu desenvolvimento saudável para responder às aspirações da sociedade", acrescentou.
Além da taxa, o Executivo irá propor à Assembleia Legislativa e com caráter de urgência, o alargamento do imposto de selo especial em transações em menos de dois anos após a compra - e que varia entre 10 e 20% - às lojas, escritórios e parques de estacionamento.
Por outro lado, acrescentou o governante, vai ser restringido o crédito bancário, anteriormente possível até 70% do valor do imóvel e que passará a variar consoante o preço da fração e se se trata de um residente de Macau ou de pessoa ou entidades não residentes.
Dados oficiais indicam que em agosto deste ano, o preço do metro quadrado em Macau era de 61.749 patacas (cerca de 6.100 euros), mais 22,2% do que em abril de 2011.
Registados no sistema de contribuição predial estavam 183.933 habitações, das quais 134.435 ou 73,1% eram propriedade de residentes locais singulares, 39.627 ou 21,5% de não residentes e 9.871 ou 5,4% propriedade de pessoas coletivas.
Fonte: Diário Digital com Lusa
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.