Os proprietários têm fechado os olhos na maior parte das vezes à partilha de uma casa arrendada, contudo, o despejo tem sido a norma perante a prática ilegal do subarrendamento.
O presidente da Associação Lisbonense de Proprietários reconheceu que é cada vez mais comum famílias partilharem uma casa arrendada em tempos de crise.
Em declarações à TSF, Menezes Leitão adiantou que as famílias «aparecem em conjunto a celebrarem contratos», um fenómeno cada vez mais comum quando se tenta cortar na maior despesa no orçamento familiar.
«Temos de ter consciência que grande parte das pessoas perdeu o rendimento que tinha há dois ou três anos com os cortes de subsídios e aumento de impostos e não estão com condições para pagar uma renda que estavam a pagar», explicou.
O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária indicou que estes casos começaram a aparecer desde junho.
«Quando arrendam a casa aparece uma família, mas mais tarde começam a aparecer proprietários a queixar-se que não estava uma família na casa, mas duas. Quando pedimos às pessoas para falarem e darem a cara, normalmente têm vergonha e não o fazem», afirmou Luís Lima.
Se os proprietários muitas vezes fecham os olhos aos arrendamentos partilhados, perante o subarrendamento, prática ilegal que está a crescer, a atitude tem sido outra diante este tipo de ações que se passam normalmente na clandestinidade.
«Na maior parte dos casos em que o proprietário descobre isso, isso fundamenta uma ação de despejo. A lei permite ter hóspedes, mas não subarrendatários, a não ser que o senhorio autorize», explicou Menezes Leitão.
Fonte: TSF
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.