Contudo, esta solução tão radical pode estar prestes a deixar de ser necessária. De acordo com dados divulgados esta semana pelo Gabinete Central de Estatísticas da Irlanda, em maio deste ano os preços das casas subiram pela primeira vez em cinco anos, ou seja, desde que estalou a crise em 2007.
A subida foi muito ligeira - apenas 0,2% em comparação com abril -, mas em Dublin, a capital, foi o terceiro mês consecutivo em que os preços subiram. É por isso que para o governo este pode ser um primeiro sinal de recuperação dos mercados imobiliários e a esperança de que uma subida de preços possa aumentar a confiança e o consumo.
No entanto, e apesar do FMI ter recentemente considerado a Irlanda como um bom exemplo no que respeita aos países que receberam ajuda financeira, alguns economistas citados pelo Wall Street Journal continuam cautelosos.
"Apesar de existir uma procura latente, os preços devem continuar baixos a nível nacional dada a frágil confiança" dos consumidores, disse um analista. De facto, os preços das casas, apesar desta subida, continuam 50% abaixo do que era praticado em 2007, diz o gabinete de estatísticas irlandês.
De acordo com o responsável do departamento de habitação da Aguirre Newman em Portugal, Miguel Bacalhau, é difícil dizer se uma subida de preços tem um impacto positivo na economia, mas por norma é um bom sintoma.
Em Portugal, diz o mesmo responsável, "seria um bom sinal, mas o mercado está muito pervertido e muito concentrado na banca - que restringe o crédito e que está a vender as casas arrestadas a preços mais baixos -, para que isso seja possível em breve".
Fonte: Dinheiro Vivo
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