08 outubro 2012

Vila Nova de Gaia ganha na conquista de novos habitantes


A procura de casa em Vila Nova de Gaia levou muitos promotores a apostarem na construção de empreendimentos de boa qualidade e com bons preços. A população do concelho cresceu em detrimento dos restantes concelhos do Grande Porto.

Vila Nova de Gaia continua a ser um mercado alternativo para a aquisição de habitação, com casas a bons preços e com uma qualidade acima da média. A convicção é de quem vende as casas neste mercado, mas contudo é alicerçada num percurso de mais de uma década em que este facto se tornou uma realidade.


Na verdade Vila Nova de Gaia teve de criar um mercado de habitação alternativo aos preços mais elevados praticados nas vizinhas cidades do Porto, Matosinhos e mesmo na Maia. Este facto levou os empresários a apostarem em empreendimentos de qualidade e a preços mais baixos e rodeados de amplas zonas comuns. Assim, durante a última década um conjunto de promotores e de construtores – pode-se destacar empresas como o Grupo HN, Empril, Teixeira Duarte – aproveitaram a grande procura de casa para avançaram com a promoção de empreendimentos para uma gama média e alta de clientes, onde a qualidade é visível e os preços bastante mais baixos que no Porto.

Desta forma até há cerca de dois, três anos a promoção residencial em Gaia encontrou os seus clientes em famílias que constataram que comprar casa neste concelho era um bom negócio e a preços mais atraentes.

Simultaneamente a autarquia, liderada por Luís Filipe Menezes, apostava na requalificação e modernização do concelho sendo visível que última década Vila Nova de Gaia tornou-se uma zona atraente para viver. Esta aposta é bem visível na renovação da extensa orla marítima e requalificação das praias, na reabilitação urbana - patente na renovação do centro histórico e na Caves do vinho do Porto - e, também, na criação de novas acessibilidades viárias que cruzam atualmente a região. O resultado foi que nos últimos anos passou a ser o concelho muito apetecível para morar e onde a procura de habitação acompanhou a sua modernização, com as zonas junto à praia onde comprar uma habitação se tornou um luxo.

A nova realidade é visível no crescimento da população. Os dados do Censos 2011, publicados pelo INE, revelaram que o município de Gaia ganhou 15 mil habitantes em dez anos e que o fosso cavado em relação ao Porto alargou-se. Nos últimos 20 anos, as 24 freguesias que compõem o concelho de Gaia, ganharam mais 55 mil habitantes. Atualmente o número de moradores fixa-se nos 302 mil, superior aos 237 mil do Porto.

Oferta para venda e arrendamento


As dificuldades sentidas nos últimos anos na obtenção de crédito bancário reduziram drasticamente a compra de compra de habitação pelo cliente final. Vila Nova de Gaia, onde a oferta nos últimos anos de habitações suplantou de longe a procura, é das zonas do país onde esta realidade é bastante visível.

De acordo com os dados produzido pela Confidencial Imobiliário, o número de fogos total em oferta no concelho é de 21.977, sendo que 42% destas casas são novas e 58%, usadas. Considerando a freguesia de Mafamude – que juntamente com Santa Marinha integra a cidade de Vila Nova de Gaia – apresenta uma oferta de fogos de 2.801, sendo que apenas 25% são novos e os restantes usados.

Na estrutura da oferta por tipologia é visível o predomínio de casas de tipologia T2 (33%) e T3 (23%), tendo em conta a grande procura de habitação familiar, enquanto que as frações T1 são de apenas 11% da oferta total.

Os preços médios rondam os 1.235 euros o metro quadrado (m2) na habitação nova e 983 euros o m2, nos usados. Assim um apartamento novo T2 ronda os 114 mil euros, um T3, 160 mil euros, e uma moradia T3 por volta dos 273 mil euros.

Na dinâmica de transações dos fogos verifica-se que a taxa de absorção residencial em Vila Nova de Gaia é atualmente inferior à média nacional. No concelho de Gaia foram vendidos 2.278 imóveis que correspondem a cerca de 8% da oferta total.

Fonte: Público Imobiliário

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