
Aliás, esta distinção teve também o condão de despertar e animar os sectores de atividade como o turismo, o lazer e a restauração, que lhe conferem, características ímpares na oferta de diversão noturna, atraindo para o Largo da Oliveira e para a Praça Santiago – os dois espaços mais nobres do centro histórico – centenas de jovens, que se misturam com o número crescente de visitantes que a cidade recebe.
O centro histórico de Guimarães - cuja história está intrinsecamente ligada à formação da identidade de Portugal - conserva um conjunto de construções históricas, que ilustram a evolução dos diferentes tipos de edificações desde a Idade Média ao século XIX. Até meados de 1980, este conjunto, de reconhecido valor histórico, encontrava-se num processo de rápida degradação física e social, que parecia impossível de travar. O reconhecimento desta situação levou a Câmara Municipal de Guimarães a criar, em 1985, um gabinete municipal (GTL) para gerir o processo de recuperação do centro histórico. O objetivo foi recuperar o centro histórico e preservar o património, mas, também, apostar na manutenção da população residente, proporcionando-lhe melhores condições de habitabilidade.
O reforço na reabilitação
João Serra, presidente da Fundação Cidade de Guimarães, considerou, recentemente, que a atribuição do evento Capital Europeia da Cultura à cidade foi fundamental para consolidar o projeto de reabilitação da cidade.
Na sua opinião a “agenda” urbana foi pensada numa fase anterior à candidatura de Guimarães a Capital da Cultura, sendo visível a aposta na reabilitação do centro da cidade, incentivando os proprietários a apostarem na reabilitação do edificado, enquanto, que a autarquia investiu na recuperação do espaço urbano.
No centro da cidade foram várias as intervenções realizadas pela autarquia de Guimarães, como é o caso a Alameda de S. Dâmaso, da Praça do Toural, da Rua de S. António e da denominada Campurbis.
Também os proprietários e os comerciantes foram incentivados, pela autarquia e pela associação comercial da cidade, a reabilitar as casas e as lojas, de forma a aproveitar a maior procura de alojamento e de produtos da região por parte de visitantes e de artistas que afluem em maior número à cidade.
A maior oferta de casas para arrendar no centro da cidade, especialmente de imóveis reabilitados, é uma situação que os mediadores locais reconhecem que existe, atualmente em maior percentagem.
Contudo, apesar do maior investimento na reabilitação de prédios a oferta de casas para arrendamento ainda não é suficiente para permitir que os preços de arrendamento baixem, tendo em conta que a procura também aumentou, por parte dos profissionais ligados ao evento cultural.
Oferta de habitação para venda
De acordo com o Confidencial Imobiliário o número de fogos em oferta o concelho é de 1.297 frações, sendo que 56% são fogos novos e 43,8% são fogos usados. Na freguesia Azurém, localizada na cintura urbana de Guimarães e que tem conhecido assinalável crescimento do ponto de vista urbanístico, apresenta, contudo, uma oferta maior de fogos usados (64,7), em comparação com os fogos novos (35,3%).
No que se refere à estrutura da oferta, por tipologia, verifica-se que, no concelho, as moradias até T3 são tipologias com maior peso na venda, com 38%, seguindo-se os apartamentos T3, com 21%, e os T2, com 17%.
No caso das casas em oferta destinadas ao arrendamento, verificamos que, no concelho de Guimarães, ronda as 193 frações, sendo que o preço médio da renda mensal ronda os quatro euros/m2.
Fonte: Público
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