14 novembro 2012

Mercado de escritórios de Lisboa cresce 92% em termos homólogos


O mercado de escritórios na capital cresceu 17% no primeiro trimestre deste ano face aos três meses anteriores e 92% em relação a igual período de 2011, avança a Jones Lang LaSalle.

Entre julho e setembro de 2012, o mercado de escritórios de Lisboa registou uma absorção de 27 052 m2, o que representa um crescimento de 17% face ao trimestre anterior (23 036 m2) e de 92% em relação a igual período de 2011 (14 090 m2), de acordo com o "Office Flashpoint" da Jones Lang LaSalle.


A consultora refere que setembro foi o mês mais dinâmico, "não só deste trimestre como dos primeiros nove meses do ano", com uma absorção de 15 979 m2, o que significa um crescimento de 119% por comparação com agosto e de 125% face ao homólogo. Neste mês "teve lugar a maior operação registada este ano, nomeadamente o arrendamento de 7676 m2 no edifício Laura Alves 4", na capital portuguesa, à CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Esta operação influenciou os resultados trimestrais, com a procura a ser dominada pelo setor "Estado, Europa e associações", com 31,8% do take up trimestral, e a Zona 3 (Eixo do Campo Grande à 2.ª Circular, zona de Benfica, Praça de Espanha e Sete Rios), onde se localiza este edifício, a concentrar 49,7% da absorção trimestral.

A Jones Lang LaSalle destaca que, no acumulado de 2012 (janeiro a setembro), foram arrendados 63 082 m2, o que equivale a cerca de 72% do total transacionado durante todo o ano de 2011, enquanto, entre janeiro e setembro do exercício transato, a absorção acumulada (44 891 m2), totalizava apenas 51,2% do que viria a ser a performance anual. A absorção acumulada nos primeiros nove meses de 2012 foi superior em 40,5% à registada no mesmo período de 2011.

Mariana Seabra, diretora de Office Agency da Jones Lang LaSalle, declara que, "apesar deste ritmo de crescimento, o fecho de 2012 é bastante imprevisível em termos de volume de absorção. Mais do que nunca, verificamos que há uma preocupação crescente por parte das empresas em racionalizar os seus custos imobiliários". Contudo, adianta a responsável, "ainda que o take up em termos absolutos seja baixo em comparação com anos anteriores, o mercado tem reagido às dificuldades e mantém algum dinamismo". Ou seja, "nem toda a atividade se tem traduzido em take up, que resulta da mudança ou da criação de novas empresas, mas tem havido muito trabalho a nível da renegociação dos contratos existentes", conclui a executiva.
Fonte: OJE

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