22 novembro 2012
Mercado imobiliário com comportamento em baixa
Nos dados do Inquérito Mensal de Conjuntura (IMC), da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal - referente aos últimos três meses do ano de 2012, observaram-se contornos pouco otimistas no mercado imobiliário, dado ao panorama socioeconómico aliado a uma restritividade financeira.
As dinâmicas da emigração e do turismo voltam a ser referidas, pela tendência menos negativa, sobretudo no mês de Agosto. No entanto, nos restantes meses as expectativas mantiveram-se em baixa, sobretudo pela restritividade financeira. Os bancos continuam a recusar financiamento às famílias e às empresas. Em casos de financiamento, os bancos revelaram fazê-lo apenas com a aplicação de spreads mais elevados, essencialmente nos empréstimos de maior risco.
Com base nas dinâmicas censitárias, os dados do IMC indicam ainda que apesar de Lisboa continuar a ser o município mais populoso da Região de Lisboa, é ainda um município a perder residentes para as zonas limítrofes, pela via da periurbanização. O município que detém hoje o valor mais elevado de densidade populacional não é mais o de Lisboa, mas sim o da Amadora, com 7.359 habitantes por metro quadrado.
O cenário está longe de ser positivo, mas a busca de propriedade continua a ser uma constante, o que leva o Presidente da APEMIP, Luís Lima, a considerar que, ainda que os sinais positivos sejam poucos, “são esses que devem mobilizar-nos e determinar o melhor ângulo para o retrato”.
No âmbito da dinâmica da procura versus a oferta, no segundo trimestre do ano corrente, as adversidades de cariz económico polvilham os lares nacionais, o investimento em bens de cariz duradouro torna-se cada vez mais rarefeito. A busca de propriedade continua a ser uma constante, no entanto efetuada com uma abrangência diversificada e no âmbito de moldes mais restritos.
No segundo trimestre do ano de 2012, as intenções de procura de imóvel para arrendamento aproximam-se dos 45%, em alguns distritos essa realidade atinge praticamente metade das pesquisas efetuadas. Realidade que paulatinamente, conjugada com adversidades múltiplas, têm vindo a crescer na realidade nacional.
Fonte: APEMIP
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