28 novembro 2012
Portugal é dos países europeus onde os preços das casas menos têm caído
Desde o início da crise, o mercado imobiliário português tem revelado grande resiliência em matéria de preços. Em 2011, último ano com dados comparáveis, houve 13 países que registaram quedas superiores. Irlanda, Espanha e Grécia estão neste grupo.
Pela primeira vez desde 2007, os preços médios de venda das casas em Portugal sofreram uma queda, de 3,6%, em 2011. A amplitude desta redução coloca Portugal a meio da tabela dos 27 países da União Europeia, havendo treze países que apresentam quedas nos preços superiores e, em boa parte dos casos, cumulativas com descidas em anos anteriores.
Segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat, os processos mais acelerados de desvalorização do imobiliário residencial observam-se na Roménia (queda de 18,9% em 2011, depois de -14,5% e -26,3% nos dois anos anteriores), Irlanda (-15,2%, após -10,5% e -12,9%), Espanha (onde os preços recuaram 10%, depois de -3,9% e -5,7%), Eslováquia (-5,6%, após -4,9% e -12,8%) e Grécia (-5,1%, depois de -6,5% e 0,4%).
Já em Portugal, a descida dos preços em 3,6% seguem-se a progressões moderadas nos três anos anteriores: 0,2%, 2,8% e 1,4%.
O índice do Eurostat captura alterações de preços em todas as propriedades residenciais adquiridas pela famílias e foi hoje divulgado no quadro da actualização dos 11 indicadores que passaram a ser regularmente acompanhados no âmbito da supervisão macroeconómica, para tentar detectar desequilíbrios potencialmente graves, designadamente “bolhas” ou correcções abruptas no imobiliário.
A descida dos preços das casas tem sido mais marcada quando medida pela avaliação feita pelos bancos para efeitos de concessão de crédito.
De acordo com os últimos dados do INE, mais actuais, referentes a Outubro de 2012, o preço médio do metro quadrado em Portugal fixou-se em 1.026 euros. É preciso recuar até Junho de 2001 para encontrar um preço médio por metro quadrado tão baixo. Os primeiros dados estatísticos do INE sobre a avaliação bancária começam no primeiro trimestre daquele ano. A queda desde o pico registado em Dezembro de 2006 é de 18% (219 euros).
Fonte: Negócios
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