18 dezembro 2012
Câmara de Lisboa quer construir silo automóvel em imóvel devoluto no Bairro Alto
A Câmara de Lisboa quer ceder à Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) um edifício devoluto no Bairro Alto, para a construção de um silo automóvel para quase 200 lugares de estacionamento e um pólo cultural.
Segundo uma proposta a que a agência Lusa teve hoje acesso, e que tem discussão agendada para a reunião de executivo de quarta-feira, os vereadores da Reabilitação Urbana, Manuel Salgado, e da Mobilidade, Nunes da Silva, consideram que é fundamental "assegurar a existência de lugares de estacionamento" para residentes e visitantes 24 horas por dia e 365 dias por ano para a requalificação urbana do Bairro Alto.
Nesse sentido, a câmara pretende ceder à EMEL, gratuitamente e por 50 anos, um prédio municipal, que ocupa vários números da Rua Diário de Notícias, a Rua do Norte e a Travessa Poço da Cidade, cujos interiores estão "destruídos, por falta de obras de conservação e por profundas modificações realizadas por antigas tipografias" que ali estiveram instaladas.
A EMEL fica responsável pela construção do silo automóvel - num investimento global que a empresa estima em cerca de 4,2 milhões de euros - e de um "equipamento público de natureza cultural", com uma área de 1.800 metros quadrados.
O silo terá uma capacidade mínima de 193 lugares de estacionamento: cerca de 60 em dois pisos subterrâneos e os restantes nos cinco pisos acima do solo.
Na reconversão do prédio municipal devoluto num silo automóvel, a EMEL fica também responsável por manter as fachadas do edifício, criar coberturas harmonizadas com as já existentes, aproveitar as caves ("desde que sejam realizados trabalhos arqueológicos destinados à detecção e preservação de eventuais vestígios aí existentes) e "cumprir o Plano de Urbanização do Bairro Alto", adianta a proposta.
O edifício municipal vale actualmente cerca de 3,1 milhões de euros e o valor unitário de estacionamento vale cerca de 9.500 euros por lugar e 725 euros por metro quadrado.
Fonte: Negócios
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