19 dezembro 2012
Mercado global de residências universitárias vale mais de 152 mil milhões
O mercado de residências universitárias emergiu, na última década, como uma categoria de referência no investimento imobiliário global, atraindo cada vez mais interesse por parte de investidores, promotores e operadores privados, revela o mais recente estudo da Jones Lang LaSalle. O relatório da consultora imobiliária analisa os fatores que contribuíram e influenciaram o crescimento deste setor no Reino Unido e nos EUA, examinando também o potencial de crescimento noutros mercados.
Os volumes globais de transação de residências universitárias demonstram o crescente interesse dos investidores neste setor, segundo a Jones Lang LaSalle. Nos 12 meses até junho deste ano, foram transacionados 4,7 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) a nível global, sendo os mercados mais ativos o do Reino Unido e o dos EUA, seguidos da Espanha, da Suécia e da Alemanha. Esta rápida expansão faz estimar o mercado de residências universitárias em mais de 200 mil milhões de dólares (152 mil milhões de euros).
Com os olhos nos mercados emergentes, considera-se que a Europa Continental está entre dez a 15 anos atrás do Reino Unido e dos EUA. Há poucas transações no mercado neste momento, mas existem boas oportunidades para crescer, diz a consultora.
Em 2012, o investimento e transações de residências universitárias no Reino Unido ultrapassou os 3 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros), mais que duplicando os níveis transacionados no exercício anterior. Nos EUA, o volume de investimento nesta classe de ativos imobiliários situou-se próximo dos 2 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros). A Jones Lang LaSalle comenta que, embora sejam descritas por vezes como uma classe de investimento alternativa, as residências universitárias nestes mercados são ativos cada vez mais procurados por investidores institucionais tradicionais. E trazem muitas oportunidades a quem está disposto a investir.
Em Portugal, as residências para estudantes "são um nicho de mercado ainda muito pouco explorado pelos promotores e investidores e, tendo em conta os indicadores disponíveis de momento, não prevemos que esta situação venha a alterar-se substancialmente nos próximos anos", diz Fernando Vasco Costa, da consultoria estratégica da Jones Lang LaSalle Portugal. "Isto porque existem vários fatores que limitam o interesse neste negócio, entre os quais a existência de diversas residências de estudantes organizadas e co-participadas pelas respetivas universidades públicas e também algumas privadas, e a subsistência de um mercado paralelo de subarrendamento que predomina em grandes pólos universitários, como Lisboa, Porto e Coimbra, com condições financeiras mais atrativas para os estudantes". O responsável adianta que "esta realidade tem condicionado o investimento na promoção no segmento, a que se junta o facto de este tipo de investimento, devido aos seus custos operacionais, necessitar de uma escala significativa para poder ser viável e poder oferecer tarifas de alojamento atrativas para a maioria dos estudantes do ensino superior".
Fonte: OJE
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