29 julho 2014

600 milhões foram investidos por privados em reabilitação nos últimos 5 anos


A Câmara Municipal de Lisboa estima que os privados tenham investido cerca de 600 milhões de euros em obras de reabilitação urbana no município ao longo dos últimos 5 anos. Mais de 95% das obras foram licenciadas neste período de tempo, o que leva a CML a concluir que «a reabilitação passou claramente para a frente».

A informação consta no Relatório de Reabilitação Urbana da CML, publicado no site do município após uma apresentação do vereador do Urbanismo e Reabilitação Urbana, Manuel Salgado, no passado dia 23, sobre o ponto da situação das iniciativas e intervenções municipais na área da reabilitação em Lisboa. 

Segundo este documento, no período analisado, a câmara iniciou a transformação da Frente Ribeirinha a partir do Terreiro do Paço, a reabilitação da Baixa Pombalina, várias escolas e equipamentos culturais, iniciou a dinamização da Avenida da Liberdade, a recuperação da Mouraria, Bica e Ajuda e ainda Alfama e Castelo, bem como a transformação dos Bairros Padre Cruz e Boavista e o lançamento do programa Viver Marvila, entre outros. 

Segundo o mesmo relatório, ao longo destes 5 anos, foram elaborados 61 Planos de Urbanização, de Pormenor, de Salvaguarda e Unidades de Execução. A câmara investiu directamente 130 milhões de euros com os programas PIPARU, QREN e as verbas do Turismo. 

A autarquia não esquece, no entanto, que «a necessidade de reabilitação estende-se a toda a cidade, dos Olivais Velho ao Bairro do Restelo, do Centro Histórico a Campolide e às Avenidas Novas e Alvalade, de Benfica às Galinheiras», estimando que a reabilitação de Lisboa implique um investimento total de 8.000 milhões de euros, a maioria dos quais em património privado. «os instrumentos – estratégias, planos, regulamentos – são só instrumentos». A CML salienta ainda«um importante esforço de simplificação dos procedimentos administrativos – processo que nunca estará concluído – com o objetivo de criar uma via rápida para o licenciamento», lê-se no documento. 

Agora, a câmara propõe-se a continuar as intervenções de reabilitação do Arco Ribeirinho, a intervir «faseadamente» no Centro Histórico, em áreas como a Avenida Fontes Pereira de Melo, Avenida da República e Campo Grande e prosseguir com a requalificação das ruas de bairros históricos como a Mouraria, Castelo ou Alfama. 

Fonte: Público

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