Novembro marcou um abrandamento significativo no mercado de escritórios de Lisboa, que desde julho evidenciava uma tendência de crescimento. Com uma absorção de apenas 2.201 m² de escritórios, este mês foi o menos dinâmico do ano e a performance registada representa uma contração de 85% quer em termos homólogos quer em termos mensais. Até novembro, o mês de fevereiro, com 3.031 m² de absorção, destacava-se como o de pior performance no decurso de 2012.
Note-se, contudo, que da absorção registada em outubro - 15.299 m² contabilizados para o total do mercado – 81,15% foram respeitantes a uma operação atípica – a contratação de 12.461 m² pela ZON, de forma direta, à Multi Development. Se excluirmos esta operação, a absorção de outubro teria sido em torno dos 2.838 m², bastante mais próxima da performance registada em novembro.
Em novembro, a maior operação de escritórios foi o arrendamento de 516 m² pela Beckman Coulteron no Edificio Suécia, localizado em Carnaxide, na zona 6 (Corredor Oeste). Esta zona foi, assim, a mais ativa em novembro, concentrando arrendamentos de 936 m², seguindo-se a zona 1 (Prime CBD), com 661 m² tomados.
Para o acumulado do ano, a absorção ascendeu a 80.258 m², um volume que continua a traduzir um crescimento de 23,13% face ao registado no mesmo período (janeiro a novembro ) do ano passado.
Mariana Seabra, Diretora do Departamento de Office Agency & Corporate Solutions, explica: “Se é verdade que o mercado de escritórios teve um Verão positivo em termos de absorção, também é verdade que houve algumas operações atípicas e que as empresas voltaram a retrair-se em termos de confiança na reta final do ano.
A expansão das áreas ocupadas, como seria de prever, é cada vez menos expressiva em termos de operações concluídas e mesmo as mudanças de instalações estão a ser adiadas. Muitas empresas optam, antes, pela renegociação dos seus contratos de arrendamento, o que tem causado alguma dinâmica no mercado de escritórios, mas obviamente sem reflexos na performance em termos de volumes de absorção. Vamos ver como será o último mês do ano. Neste momento e dadas as condições atuais, é difícil prever se esta tendência de contração se manterá ou não”.
Fonte: Jones Lang Lasalle
Fonte: Jones Lang Lasalle
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