14 janeiro 2013

CBRE: Impacto da nova lei do arrendamento vai “potenciar investimento”


No mais recente estudo da CBRE sobre o impacto da nova lei do arrendamento urbano, 71% dos inquiridos declararam que a reforma vai “potenciar o investimento no sector imobiliário”.

Para este estudo, os clientes da consultora imobiliária foram convidados a partilhar a sua avaliação da reforma do arrendamento urbano, e, refere a CBRE, dos inquiridos, “70% dão uma nota positiva ou muito positiva à nova lei, sendo que a maioria dos inquiridos estão muito familiarizados com a reforma (21%) e familiarizados (29%), com apenas 2% a confessar estar pouco familiarizado com as alterações da nova lei”.

No seu comunicado de imprensa, a CBRE explica que o impacto da nova lei na valorização do património é avaliada mais positivamente no médio prazo, “com apenas 40% a identificar possibilidades de valorizar o património a um ano e 71% a verificar a possibilidade de valorização nos próximos cinco anos”.

“As principais conclusões do estudo revelam que os clientes da CBRE, que se revelaram bastante informados sobre a nova lei das rendas, fazem uma avaliação positiva da mesma, não deixando de ser realistas relativamente aos seus impactos no curto prazo. A principal mais-valia desta reforma é o incentivo ao investimento imobiliário, que se fará sentir nos próximos anos”, comentou Francisco Sottomayor, director de promoção da CBRE.

Das medidas aprovadas, os inquiridos deste estudo destacaram, pela positiva, a nova forma de actualização das rendas (22%), o processo especial de despejo (28%), a denúncia dos contratos em caso de obras (24%) e a obrigação do seguro de renda (13%). Já o regime transitório foi a medida que mais se destacou pela negativa (34%).

A consultora lançou também, paralelamente e em parceria com a sociedade de advogados Uría Menéndez – Proença de Carvalho, o “Guia da Nova Lei do Arrendamento”, com o objectivo de “esclarecer as principais alterações introduzidas com a nova reforma”.

“As alterações agora introduzidas traduzirão um incentivo inequívoco à actualização, pelos senhorios, das rendas congeladas há décadas mediante recurso ao novo mecanismo negocial de actualização, podendo efectivamente induzir o crescimento do mercado de arrendamento em Portugal, no curto-médio prazo”, afirmou João Torroaes Valente, advogado da Uría Menéndez – Proença de Carvalho.

O mesmo responsável explicou que as alterações ao regime de obras em prédios arrendados, “aliados à simultânea revisão do regime de reabilitação urbana, serão um forte incentivo a intervenções de reabilitação pelos proprietários em prédios arrendados”. Assim, Torroaes Valente acrescentou que se espera que estas alterações constituam o “dínamo para inúmeras obras de reabilitação urbana, vitais para renovar o parque imobiliário residencial e comercial português”.

“Por último, o novo procedimento extra-judicial de despejo, se funcionar agilmente, instilará a confiança necessária na indústria, fazendo com que os proprietários se sintam mais seguros na colocação dos seus activos no mercado de arrendamento”, concluiu o advogado.

Fonte: Construir

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.