29 janeiro 2013

Portugal vende resorts na Rússia, Suécia e França


O Turismo de Portugal, em parceria com a Associação Portuguesa de Resorts e com o apoio do Governo, arrancou ontem com um programa de promoção do sector que tem como principal objetivo ajudar a escoar as seis a dez mil casas de resorts que existem para venda atualmente em Portugal.

Para isso vai andar, durante este ano, num roadshow pelo estrangeiro, que começa já em fevereiro no Reino Unido, e que segue depois para a Alemanha, França, Rússia, Súecia e Holanda, ou seja, os destinos que, historicamente, mais procuram este tipo de produto em Portugal. "Vamos levar as empresas que vendem os imóveis para ajudar na promoção e trazer cá líderes de opinião para ajudar a passar a boa mensagem lá fora", explicou o presidente do Turismo de Portugal, Frederico Costa.



No entanto, há já outros destinos em análise que poderão ser visitados numa segunda fase, como é o caso do Brasil, da China ou do Médio Oriente, mercados também muito procurados pelos proprietários dos resorts em Portugal.

Por exemplo, para Carlos Leal, administrador do Pine Cliffs Resort, um empreendimento de luxo no Algarve, os mercados principais são "claramente a Rússia, o Cazaquistão, o Médio Oriente, Ásia e a América Latina, sendo que neste caso o Brasil é a maior oportunidade", disse ao DN/Dinheiro Vivo.

"Podemos e devemos incentivar a compra de casa em Portugal", disse o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. É que, explica, "no sul da Europa as vendas [de turismo residencial] ascendem a 100 mil unidades e Portugal só tem 4% destas vendas. Espanha tem 40%, França tem 25% e Itália 15%. Ainda assim, esses quatro mil imóveis geram receitas de mil milhões de euros que é algo que queremos aumentar, porque a aposta no turismo residencial é uma aposta na economia".

Para Santos Pereira, o turismo residencial é um sector de elevada importância para a economia nacional, gerador de 9% da riqueza do PIB e de 8% do emprego, e que "não estava a ser devidamente tratado". Além disso, ressalva, apoiar o turismo é ajudar também outros sectores em dificuldade como a construção e o imobiliário.

Governo dá incentivos fiscais
Para aumentar as vendas de casas e estimular o sector não chegam reuniões de promoção no estrangeiro e é por isso que o Governo está já a dar incentivos jurídicos e fiscais, como a atribuição de um visto de residência aos estrangeiros que comprem casas de valor igual ou superior a 500 mil euros ou a permitir que comprem casas e não paguem imposto de sucessão como acontece noutros destinos do sul da Europa. Outro incentivo é a isenção de IRS em Portugal para os reformados que já descontem no seu país de origem.

No entanto, para Carlos Leal que acompanhará o Turismo de Portugal no roadshow - apesar de positivo, este programa "é apenas o começo e será suficiente para fazer a diferença". Em causa está principalmete o combate à sazonalidade.

"Precisamos de olhar para a logística. Os possíveis compradores não podem ter dificuldades em chegar a Portugal, principalmente no inverno em que há uma redução significativa dos voos e do acesso, principalmente ao Algarve", rematou.

O turismo residencial representa 9% da riqueza do PIB, 8% do emprego e receitas externas líquidas que em 2011 foram de 5,1 mil milhões.

Fonte: Dinheiro Vivo

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