26 fevereiro 2013

Área transaccionada no mercado de escritórios cresceu em Portugal em 2012


O mais recente Office Market Report da Colliers International concluiu que a área transaccionada no mercado de escritórios cresceu em Portugal durante o ano transacto.

Contudo, segundo os dados deste relatório, a oferta de novos escritórios tem-se mantido “em níveis historicamente baixos”. “A resposta da oferta à crise antecipada foi relativamente rápida, mantendo-se esta tendência consecutivamente há três semestres”, explica a mesma fonte, referindo que se encontram, actualmente, em Lisboa quase 60 mil metros quadrados apenas para este ano.

No seu comunicado de imprensa, a consultora imobiliária afirma que o aumento na área transaccionada durante o ano transacto “continua a reflectir o peso de alguns negócios importantes” e, nesse sentido, mostra que, embora o número de transacções se tenha reduzido, a área “que trocou de ocupador aumentou quase 16%”, algo que se deve, em grande parte, a dois negócios.

Por outro lado, a taxa de desocupação consiste na variável que “mais denota o fraco desempenho do mercado de escritórios” e tem apresentado um crescimento “quase imparável em todas as zonas de Lisboa”, com excepção do Parque das Nações, atingindo já mais de 150 mil metros quadrados no Corredor do Oeste.

Outro dos factos realçados neste relatório diz respeito às rendas que têm vindo a “decrescer sustentadamente”, levando a que a renda prime mensal, em Lisboa, não ultrapasse os 18,5 euros por metro quadrado”.

No caso do Porto, a realidade não se apresenta “muito mais animadora”, embora a Colliers frise que, a exemplo do que sucedeu em Lisboa, “um negócio foi capaz de alterar a percepção sobre o desempenho do mercado ao nível da área transaccionada”. Todavia, os “demais sinais são quase uma reprodução do mercado de Lisboa, com uma oferta quase inexistente, rendas decrescentes e taxas de ocupação decrescentes”.


O mercado de investimento encontrase também “paralisado” e a consultora ressalva que o resgate do FMI “afastou o investimento estrangeiro de Portugal, o que levou Gustavo Castro, responsável pela pesquisa da Colliers International no país, a referir que “apenas a concretização da retoma económica permitirá que os investidores estrangeiros voltem a considerar Portugal como um potencial destino de investimento”.

Segundo Gustavo Castro, a extensão da recessão económica no país até à segunda metade de 2013 “impedirá que o mercado de escritórios em Portugal consiga recuperar antes da segunda metade de 2014”. “Contudo, numa nota mais positiva, acreditamos que a retoma de actividade será rápida, pois a concretização de algumas decisões de investimento (presentemente em stand-by pela crise actual) será mais rápida do que a resposta da oferta a esse impulso da procura”, concluiu.
Fonte: Construir/Colliers

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