"Os saldos contrariam o efeito de mercado. Temos estado a fazer mais arrendamentos do que vendas, mas durante a campanha de saldos fazemos sempre mais vendas", disse ao Dinheiro Vivo a presidente executiva da Remax em Portugal, Beatriz Rubio.
E acrescenta: "Janeiro é sempre o mês mais fraco e com os saldos conseguimos combater essa sazonalidade e transformar um mês mau num mês bom. E este ano os saldos estão a ser mais fortes do que nos anos anteriores."
Beatriz Rubio estima que no final da campanha - que termina a 28 de fevereiro, como os saldos normais de uma loja - as transações realizadas "cresçam 30% face ao ano anterior". Em 2012, a imobiliária fechou a época de saldos com 424 operações realizadas.
A explicação é simples. Antes da campanha, as casas para venda já estavam com preços mais baixos por causa da crise e agora, com descontos médios de 10%, os preços ficam ainda mais baixos, "e as pessoas aproveitam a oportunidade", diz Beatriz Rubio, alertando que há imóveis com descontos mais altos e até terrenos com reduções de 75% no preço.
Só nas 700 casas dos bancos que integram a campanha de saldos é que os descontos são menores, cerca de 6%. Ainda assim, Beatriz Rubio adianta que, desses 700 imóveis, 10% já foram vendidos.
No total, sobram agora pouco mais de 5200 imóveis dos 5507 que a Remax angariou para a campanha de saldos, e que são mais 15% do que a oferta disponível, em 2012, e mais 20% do que a de 2011.
A diferença é ainda maior quando comparada com os primeiros saldos que a empresa fez, em 2007. Nesse ano, que é considerado como um dos melhores anos do imobiliário português, a Remax tinha três mil imóveis com descontos.
Campanha de saldos ainda vai durar até 28 de fevereiro com mais 5.200 casas com descontos médios de até 10%
Fonte: Dinheiro Vivo
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