05 fevereiro 2013

Worx: Escritórios estabilizam em 2012 com stock de 4.530.000 m2


De acordo com o último estudo da Worx, em 2012 o mercado de escritórios manteve um nível de dinamismo muito baixo, dentro da tendência desde 2009, embora tenha registado sinais de estabilização. De acordo com o estudo, este mercado apresentou também alguma tendência de recuperação, mantendo a taxa de desocupação no nível registado em 2011.

A maior área de novos escritórios dos últimos anos concentra-se no Prime CBD, resultado da renovação de novos edifícios, dando uma nova dinâmica à zona. A flexibilização das negociações entre proprietários e inquilinos manteve-se, bem como a pressão descendente nas prime rents que atingiu o valor mínimo de 18,00€/m²/mês.



No que concerne a oferta, o stock de escritórios de Lisboa ascende neste momento a 4,53 milhões de metros quadrados, o que representa um acréscimo residual face a 2011. Este aumento deve-se, sobretudo, à entrada no mercado de cerca de 26.500m2 com a conclusão do Metropolis, sede da Zon (12.416m2), Liberdade 259 (3.289m2) e Sede Azinor (2.500m2) bem como à entrada no stock do reabilitado Rodrigo Fonseca 55 (2.600m²).

Já no que diz respeito à taxa de desocupação, esta apresentou uma subida gradual desde 2008, nomeadamente devido à nova oferta de escritórios e o pouco dinamismo do mercado. Em 2012, esta estabilizou nos 12% face a 2011. Preve-se que 2013 registe um novo aumento da taxa de desocupação pelo conjuntos de projetos em pipeline e pelo comportamento esperado da procura. A nova oferta prevista para os próximos anos (2013-2014) ascende a cerca de 111.000m².

Por sua vez, a procura registou um volume de absorção de cerca de 99.000m2, o que representa um aumento de 13% face a 2011. A Zona 3 registou a maior absorção com 29.876m², que se deve à relocalização da ZON na sua nova sede, sendo seguida pelo Corredor Oeste que regista um total de 69 negócios e 24.203m² de espaço ocupado.
Desde 2011 que a tendência de mudança de instalações continua a ser uma evidência de mercado marcada, e encontra-se muito condicionada por uma estratégia de redução de custos em que as empresas procuram uma maior racionalização dos seus custos de estrutura seja por uma diminuição de área seja pela redução dos valores de renda.
Em termos de áreas, cerca de 80% da área absorvida prende-se com a relocalização de empresas (80.164m²) e cerca de 14% com a expansão (13.755m²). A instalação de novas empresas tem um peso residual de cerca de 5% num total de 4.580m².

Os níveis de absorção continuam bastante reduzidos, sendo que o aumento da disponibilidade dos espaços, bem como a ausência de confiança no mercado, têm reflexos diretos nos valores de mercado praticados. Deste modo, as rendas continuam a descer, tendo a renda prime atingindo no final de 2012, o valor de 18,00€/m²/mês, o valor mais baixo dos últimos 12 anos.

Fonte: Vida Imobiliária

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