Grupo espanhol que detém e explora os centros comerciais Dolce Vita chegou a um princípio de acordo com a banca para refinanciar a sua dívida, depois de ter chegado a tribunal por um pedido de insolvência do Barclays, conforme o Negócios avançou em Fevereiro.
A promotora imobiliária espanhola Chamartín, dona dos centros comerciais Dolce Vita, chegou a um acordo com a banca para o refinanciamento da sua dívida, que, segundo a própria empresa, “é uma garantia da continuidade da Chamartín e da sua operação em Portugal”.
Com uma dívida em torno de mil milhões de euros, a Chamartín representa só para a banca portuguesa uma exposição de 405 milhões de euros, conforme o Negócios noticiou no mês passado. O BCP é credor de 223 milhões, a Caixa Geral de Depósitos tem quase 118 milhões a receber e a lista de credores inclui ainda o BES (30 milhões), Santander Totta (quase 25 milhões) e BPN (8,7 milhões).
“O princípio de acordo conseguido, após uma negociação intensa com as entidades credoras e no actual momento económico, é um sinal de confiança das entidades financeiras na capacidade da Chamartín e da sua equipa”, comentou o presidente da Chamartín, Carlos Cutillas, em comunicado.
As dificuldades financeiras levaram a Chamartín a tribunal, como alvo de um pedido de insolvência por parte do Barclays, que reclamava o pagamento de uma dívida de 16 milhões de euros.
Sem entrar em pormenores sobre o refinanciamento, o presidente da empresa dos centros comerciais Dolce Vita refere que agora “inicia-se um novo ciclo na Chamartín Imobiliária”.
Além de 10 Dolce Vita em Portugal e três em Espanha, a Chamartín faz a gestão de centros comerciais detidos por outras empresas, totalizando uma área bruta locável de 645 mil metros quadrados.
A empresa está ainda presente no mercado de arrendamento de escritórios, com espaços com mais de 185 mil metros quadrados, num segmento de actividade herdado com a aquisição, há seis anos, da Amorim Imobiliária.
Fonte: Negócios
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.