27 março 2013

Emigrantes compram habitação para arrendar em Oliveira de Azeméis


A compra de casa, para habitação própria e para colocar no mercado do arrendamento, por parte de clientes finais e investidores, continua a verificar-se no concelho de Oliveira de Azeméis. A opinião é de António Baptista, responsável da mediadora A. Baptista, que atua no mercado há vários anos.

Segundo António Baptista o facto de os preços da habitação terem baixado, entre 20% a 30%, permite que algumas famílias, investidores e emigrantes optem por tirar as poupanças da banca e comprem apartamentos e casas por preços mais baixos. 

Sendo um concelho onde existe várias indústrias, em áreas como os moldes e o calçado, e empresas com grande capacidade de emprego, como é o caso da Lactogal, tem permitido que a compra e o arrendamento mantenham algum dinamismo. “Os empresários vão contratando novos trabalhadores com alguma capacidade, como é o caso dos engenheiros, e estes vão podendo comprar moradias ou apartamentos, com valores mais altos”, refere.

Na sua opinião, também há alguma procura por parte de estudantes do ensino superior para o arrendamento, especialmente da escola de enfermagem. 

No caso dos emigrantes – oriundos, sobretudo, de França, Luxemburgo, Inglaterra, Venezuela e Brasil - verifica-se que parte deles compram uma segunda habitação para passar as férias, que em alguns casos fica vazia durante o resto do ano. Contudo, alguns deles colocam as frações no arrendamento.

Os preços dos apartamentos variam bastante, caso sejam novos, e localizados no centro da cidade, ou usados. Na opinião de António Baptista, um T2, no centro da cidade, com garagem, custa, em média, 90 mil euros. Já o T3 ronda os 130 a 140 mil euros.

No caso dos imóveis usados, os preços dos T2 anda à volta 50 a 60 mil euros, mas sobe para os 80 mil nos T3.

No entanto, o facto de nos últimos anos ter abrandado a construção nova leva a que, neste momento, comece a haver procura de bons apartamentos, que escasseiam no mercado.

De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, neste momento o número de fogos em oferta no concelho de Oliveira de Azeméis é de 546, sendo que 191 estão localizados na freguesia urbana de Oliveira de Azeméis.

Cerca de 72% dos fogos são usados, contudo, a procura de casas novas é de 35%. Ou seja, há portante uma percentagem superior de pessoas que procura casa nova para comprar e não encontra no mercado.

Apoio à renovação

De acordo com Ricardo Tavares, vice-presidente da autarquia, o município de Oliveira de Azeméis tem diversos mecanismos de apoio e estímulo à renovação habitacional. Assim, no âmbito social existem programas de apoio aos proprietários desde que as construções se enquadrem no programa RECRIA, RECRiPHE, REHABITA e SOLARH.

A autarquia também tem elaborado, pontualmente, projetos para beneficiação de edificações de famílias carenciadas e com isenção de pagamento de taxas e demais encargos. Para além disso a câmara tem apoiado as IPSS’s com a elaboração de projetos e apoio em obra de adaptações e ampliações dos edifícios. “Estamos também fortemente empenhados no programa lançado pelo governo que tem a ver com o Mercado Social de Arrendamento que tem tido grande adesão e funciona também como um estímulo da ocupação de imóveis disponíveis”, refere Ricardo Tavares.

Autarquia aprova área de reabilitação urbana

A autarquia de Oliveira de Azeméis aprovou, a 27 de Setembro de 2011, a delimitação da área de reabilitação urbana da cidade. Nesse âmbito está a ser finalizado o programa estratégico de reabilitação urbana, plano que vai definir um conjunto de instrumentos de apoio à reabilitação e que passam, entre outros, pela atribuição de benefícios fiscais (isenção/redução de IMI/IMT), isenção ou bonificação nas taxas urbanísticas para as respetivas operação de reabilitação. 

A autarquia está, também, a investir na requalificação do Parque Urbano da La Salette (na foto) e na beneficiação do Parque de Lazer de Santiago e numa zona mais rural e florestal com a requalificação das margens do Rio Caima, na freguesia de Palmaz e Ossela. “Estamos permanentemente a investir na renovação do espaço público nomeadamente na rede viária (pavimentações, passeios, rebaixamento de passadeiras). 

Para nós as diversas ações na rede viária que são de mera rotina e que se espalham por todo o concelho têm importância na requalificação do parque imobiliário porque têm um enorme impacto no conforto e na mobilidade urbana”, destaca Ricardo Tavares, vice-presidente da autarquia.

Fonte: Público

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