19 abril 2013

Compra e arrendamento em igualdade em 2012


O ano de 2012 foi um dos piores das últimas décadas relativamente ao sector imobiliário mas o desempenho deste sector é também consequência do estado da economia portuguesa e mundial. De acordo com o Catálogo de Estudos de Mercado do 1º Trimestre de 2013, lançado pelo Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, o clima económico vigente, acompanhado da aspereza do mercado de crédito, do aumento de níveis do desemprego e deterioração do poder de compra, colocaram a tónica da procura de habitação por parte de algumas famílias, no mercado de arrendamento.

De facto, de mencionar que no final do ano, as intenções da procura, segundo dados do portal imobiliário CasaYes, eram próximas dos 50%, sendo que em alguns distritos, como Lisboa e Porto, essa realidade registou valores superiores a 50%. Este comportamento reflecte desde logo a diminuição da capacidade financeira das famílias, e a forma como estas encaram actualmente o mercado. Do lado da oferta, no portal imobiliário CasaYes, quando analisamos a percentagem de imóveis para oferta de arrendamento no âmbito nacional, no final de 2011 (3,9%), comparativamente a 2012 (5,3%) observou-se um crescimento (ainda que residual, tendo em consideração a procura).

Rendas entre os 300 e 500 euros

Nas pesquisas efectuadas ao portal, a procura de valores, no âmbito nacional, direccionada para o arrendamento residencial em 38,9% dos casos encerrava-se entre os 300€ e os 500€, em 36% para valores inferiores ou iguais a 300€ e em 15,2% dos casos entre os 500€ a 750€. Contrastando a procura, com o que existia em stock no mercado para oferta denotou-se um certo desajustamento. De facto, apenas 11,5% dos imóveis para oferta no Portal CasaYes registaram valores inferiores ou iguais a 300 euros, 41,2% encerram valores compreendidos entre os 300€ a 500€ e 21,9% entre os 500€ e os 750€.

50% da procura para comprar e 50% para arrendar

No entanto, a procura de imóveis residenciais para aquisição é ainda uma realidade, encerrando, no âmbito nacional, no final do ano cerca de 50% das pesquisas. Numa análise por tipo de imóvel, 58,4% das pesquisas direccionaram-se para apartamentos e 31% para moradias. Por tipologia a procura continua segmentada, à semelhança da oferta, maioritariamente nos T2 e T3, com uma crescente relevância dos T1 (comparativamente a 2010 e 2011). O montante pesquisado no âmbito nacional, verifica-se que 24,9% direccionou-se para valores inferiores ou iguais a 75.000€, 33% entre os 75.000€ e os 125.000€ e 19,8% entre os 125.000€ e 175.000€. No que concerne à oferta, os valores médios praticados no ano em análise, concentraram-se maioritariamente em torno dos 75.000€ até aos 125.000€ (29,7%) e entre os 125.000€ e os 175.000€ (21,7%).

Alargando a análise ao nível concelhio, e tendo por base de referência o ano de 2012, é interessante verificar que Lisboa encontra-se no topo no âmbito dos concelhos mais pesquisados com 10,6%, na procura de apartamentos com 15,7%, no que concerne a imóveis não residenciais encerra cerca e 6,4%, nos imóveis para compra 8,8% e para arrendamento 14,2%. Na procura de moradias Vila Nova de Gaia lidera com 3,9% de pesquisas geradas, ocupando Lisboa o 7ºlugar. De mencionar, no que se refere ao arrendamento, o maior nível de pesquisas se centralizou maioritariamente em municípios do distrito de Lisboa e do Porto.

Fonte: Diário Imobiliário

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