“O que se vende são casas com preços baixos, para investidores, que depois procuram rentabilizar no arrendamento”, explica Daniel Cruz, sócio-gerente da Cruz e Mendes, mediadora que integra a rede Comprar Casa. Assim, a procura de apartamentos T1, com preços entre os 80 a 90 mil, tem grande adesão, tendo em conta que são também as frações mais procuradas tanto por jovens casais com trabalhos sazonais, como por turistas para fazer férias.
No caso de Armação de Pera - zona turística muito procurada no Verão pelos turistas nacionais e no Inverno pelos casais estrangeiros que, habitualmente passam esta época na região - estes preços são praticados, especialmente, em frações de segunda e terceira linha de mar. Isto, porque a primeira linha é ocupado por prédios com 40 a 50 anos de construção, cuja procura é grande, apesar dos preços altos, mas onde a disponibilidade é reduzida.
No caso da cidade de Silves parte significativa da oferta é de moradias, que custam entre 300 e 400 mil euros, e apartamentos entre os 110 e os 150 mil euros. “Há pessoas de todos os níveis que procuram oportunidades, que vão aparecendo e, por isso, concretizamos alguns negócios”, explica Fernanda Santos da mediadora Servesul. Na sua opinião, “este é um mercado local, onde a procura por parte dos estrangeiros não é muito sentida, contrariamente a outras zonas do concelho, como é o caso de Armação de Pera”.
De acordo com a Confidencial Imobiliária no concelho de Silves existem 968 frações em venda, sendo que 52% são usadas. Com um tempo médio de absorção de cada fração de oito meses, a atual oferta poderá ser escoada nos próximos três anos e meio. Em 2011 o número de fogos transacionados no concelho foi de 353.
Renovação através do Polis
A autarquia de Silves investiu largamente na renovação da frente de mar de Armação de Pera, bem como na cidade de Silves, com a intervenção feita através do programa Polis, que permitiu a requalificação da zona ribeirinha e de parte do centro histórico. A autarquia está, atualmente, a intervir em outra área do centro para repor pavimentos, escadarias de acesso à parte alta da cidade e pinturas pontuais de espaços públicos. Atualmente, e após o tornado do dia 16 de novembro passado, o município está, também, a investir na renovação do que foi destruído, nomeadamente na plantação de árvores e espaços verdes. “Estão a ser repostas mais de 150 plantas e numa segunda fase atingiremos as 250 unidades de árvores plantadas”, esclarece fonte da autarquia. Acrescenta, “com a contenção financeira a que todos estamos obrigados, o município tem vindo a realizar obras pontuais, de melhoria de pequenos espaços ou reposição de condições de normalidade na via pública, após intervenções de emergência”.
Fonte: Público
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