O presidente da APEMIP, Luís Lima, considera que a reabilitação urbana que se fez nos últimos dez anos ainda não é suficiente para dizer que há um mercado dinâmico. Aliás, diz mesmo que sem um mercado de arrendamento a sério dificilmente haverá um mercado de reabilitação urbana e que por isso é que e preciso incentivos e empenho da parte do Governo. Ontem saíram dados do INE sobre reabilitação e o número dos edifícios degradados caiu 36% no país, mas ainda há mais de 55 mil casas a precisar de obras.
Há uma clara descida do número de edifícios em mau estado no país. Ainda é preciso fazer mais?
O que foi feito até agora ainda não tem expressão e era essencial para o setor que houvesse um verdadeiro empenho do Governo em apostar na reabilitação uma vez que não há construção nova. A reabilitação é a única hipótese do setor da construção onde há cada vez mais empresas a fechar e mais desempregados. Estou em crer que este número subirá uns 20%.
Que tipo de empenho é preciso por parte do Governo? Dinheiro?
Por exemplo, incentivos fiscais ou apoios do QREN que existem e não estão a ser usados. Todos sabemos que reabilitar é mais caro que construir novo e os particulares precisam de incentivos.
Porquê? Não conseguem fazer reabilitação sem apoios do Estado?
É muito difícil porque os privados só investem na reabilitação e os bancos só lhes emprestam dinheiro se eles tiverem um mercado de arrendamento dinâmico. Nunca haverá uma reabilitação em escala se não houver um mercado de arrendamento e ainda não há.
Fonte: Dinheiro Vivo
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