Foi como uma luz no fundo do túnel para os empreendimentos turísticos. Com a campanha de turismo residencial lançada pelo Governo, que oferece Vistos Gold a estrangeiros que comprem casas a partir de €500 mil, o resort Pine Cliffs, no Algarve, prevê duplicar as vendas de imobiliário, tendo sobretudo como alvo os mercados asiáticos e russo.
"Ficava desiludido se não conseguir pelo menos o dobro das vendas no Pine Cliffs, com esta iniciativa", adianta Carlos Leal, diretor-geral da United Investments Portugal (UIP), proprietária do resort no Algarve. Mas frisa que, para poder ter sucesso, o programa do governo tem de ser melhorado, pois a obtenção de vistos continua a ser um impedimento para os estrangeiros que querem comprar casa em Portugal, pois o visto Gold só é obtido já com um contrato de promessa de compra e venda.
"Devia facilitar-se a obtenção de vistos turísticos para os clientes poderem vir cá ver as propriedades. As pessoas têm de ver o que estão a comprar", sublinha. "Já tive potenciais clientes que tiveram de adiar a viagem à espera de receber vistos para chegarem aqui."
"Devia facilitar-se a obtenção de vistos turísticos para os clientes poderem vir cá ver as propriedades. As pessoas têm de ver o que estão a comprar", sublinha. "Já tive potenciais clientes que tiveram de adiar a viagem à espera de receber vistos para chegarem aqui."
Para Carlos Leal, €500 mil como base para compra de casa em Portugal "é um valor muito elevado, quando Espanha vai dar Vistos Gold a partir de €150 mil". Outra recomendação para melhorar o programa é "considerar benefícios fiscais, pois até ao fim do ano vão haver mais países a concorrer contra Portugal nos Vistos Gold".
Na perspetiva de Leal, a TAP "tem de ser vista como de interesse nacional. No Algarve estamos completamente dependentes da Ryanair, Eseyjet e Monarch. Se não houver uma linha a trazer-nos matéria-prima, o turismo não funciona. Sem carne de porco não se faz chouriço".
Para a campanha de turismo residencial "Living in Portugal" ter sucesso, Carlos Leal defende que "tem de haver um trabalho de equipa. Nós, os promotores temos de nos unir. Sozinho não se consegue conduzir este autocarro. E estamos todos a sofrer com o problema do Algarve".
Fonte: Expresso
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